Os preços da soja voltaram a apresentar perdas acentuadas nos futuros de Chicago na abertura da Bolsa de Chicago desta segunda-feira (29/07), com queda de 22 cents, a U$ 10,19/setembro, no pior momento da soja desde agosto de 2020.
Na jornada anterior, houve perdas superiores a 30 pontos. As previsões de tempo quente e seco foram dissipadas e as lavouras tendem a ter um clima mais favorável nesta virada de mês. Óleo de palma, com produção em alta na Ásia e preços em queda, também afetam negativamente a soja.
As lavouras norte-americanas entraram no período mais crítico de sua evolução: floração, formação de vagens e grãos.
Este é o principal fator fundamental na definição do preço. Logo mais, o fim da tarde, o USDA vai apresentar uma nova atualização sobre a condição e estágio das plantações.
Outro ponto de atenção é a demanda, que segue muito previsível e bastante comedida – bem visível pelos baixos volumes de embarques dos EUA.
As dúvidas sobre o andamento da economia chinesa, bem como sobre as eleições nos EUA, são outros pontos de observação, que devem ter impacto na formação do preço – pois tendem a afetar o andamento do comércio global de commodiites.
O mercado interno é impactado negativamente pelas perdas na CBOT. O câmbio, porém, segue como elemento de compensação.
Os produtores devem se manter retraídos, aguardando pelo período de entressafra e por novidades na evolução da safra norte-americana. Prêmios no spot são indicados na faixa entre 80/120.
Indicações de compra no oeste do Paraná entre R$ 130,00/131,00 e em Paranaguá na faixa de R$ 138,00/140,00 – dependendo do prazo de pagamento e, no interior, também do local e do período de embarque.
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