Soja segue em alta na CBOT enquanto mercado aguarda relatório do USDA
Cotações da soja superam US$ 11 por bushel enquanto investidores aguardam novos dados sobre oferta e demanda nos Estados Unidos
Por: Camilo Motter
De acordo com a Granoeste Corretora, o mercado segue otimista e amplia o movimento de recuperação das últimas semanas. Os investidores ajustam suas posições antes da divulgação do novo relatório de oferta e demanda do USDA, prevista para esta sexta-feira. O documento trará dados oficiais após dois meses de ausência de informações.
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Além disso, os analistas esperam uma leve redução na produção norte-americana de soja, para 116 milhões de toneladas, ante 117,1 milhões no relatório anterior. Em 2023, o país produziu 119 milhões de toneladas. A produtividade deve ficar em 59,5 sacas por hectare, ligeiramente abaixo das 59,7 estimadas anteriormente.
A área cultivada, por sua vez, caiu de 35,2 para 32,82 milhões de hectares, uma retração próxima de 7%. Essa redução explica a menor produção total projetada para 2024/25.
Enquanto isso, o mercado aposta em estoques maiores nos Estados Unidos, que devem atingir 8,6 milhões de toneladas. A alta reflete a menor demanda da China, principal importadora do grão. Em setembro, o volume era de 8,2 milhões, e no ciclo anterior, 8,3 milhões.
O relatório do USDA deve confirmar a tendência de oferta menor e consumo interno firme. Esses fatores, somados à escassez de dados recentes, sustentam a valorização da soja desde o início de outubro.
No Brasil, a Conab projeta safra recorde de 177,6 milhões de toneladas de soja para 2025/26, contra 171,5 milhões na temporada passada. A área plantada aumentou 3,6%, alcançando 49,06 milhões de hectares.
As exportações brasileiras devem crescer 5%, somando 112,1 milhões de toneladas. O esmagamento interno também deve avançar e se aproximar de 60 milhões de toneladas, impulsionado pelo consumo doméstico de farelo e óleo.
Apesar do avanço, o plantio segue atrasado em relação ao ciclo anterior. O ritmo deve melhorar com o retorno das chuvas em grande parte do país. No entanto, áreas do Centro-Oeste e do Sudeste ainda enfrentam solos com baixa umidade.
Nos portos brasileiros, os prêmios variam de 95 a 110 pontos no mercado spot. Para janeiro, ficam entre 10 e 70, e para março, entre -20 e -5. No Oeste do Paraná, os preços giram entre R$ 130 e R$ 132 por saca. Em Paranaguá, os valores chegam a R$ 141 e R$ 142, conforme prazos e condições de pagamento.
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Texto publicado originalmente em Notícias
Além disso, os analistas esperam uma leve redução na produção norte-americana de soja, para 116 milhões de toneladas, ante 117,1 milhões no relatório anterior. Em 2023, o país produziu 119 milhões de toneladas. A produtividade deve ficar em 59,5 sacas por hectare, ligeiramente abaixo das 59,7 estimadas anteriormente.
Alta da soja na Bolsa de Chicago reforça o otimismo do mercado antes do novo relatório do USDA. Foto: Canva
A área cultivada, por sua vez, caiu de 35,2 para 32,82 milhões de hectares, uma retração próxima de 7%. Essa redução explica a menor produção total projetada para 2024/25.
Enquanto isso, o mercado aposta em estoques maiores nos Estados Unidos, que devem atingir 8,6 milhões de toneladas. A alta reflete a menor demanda da China, principal importadora do grão. Em setembro, o volume era de 8,2 milhões, e no ciclo anterior, 8,3 milhões.
O relatório do USDA deve confirmar a tendência de oferta menor e consumo interno firme. Esses fatores, somados à escassez de dados recentes, sustentam a valorização da soja desde o início de outubro.
Safra brasileira de soja avança com área maior e plantio mais lento
No Brasil, a Conab projeta safra recorde de 177,6 milhões de toneladas de soja para 2025/26, contra 171,5 milhões na temporada passada. A área plantada aumentou 3,6%, alcançando 49,06 milhões de hectares.
As exportações brasileiras devem crescer 5%, somando 112,1 milhões de toneladas. O esmagamento interno também deve avançar e se aproximar de 60 milhões de toneladas, impulsionado pelo consumo doméstico de farelo e óleo.
Apesar do avanço, o plantio segue atrasado em relação ao ciclo anterior. O ritmo deve melhorar com o retorno das chuvas em grande parte do país. No entanto, áreas do Centro-Oeste e do Sudeste ainda enfrentam solos com baixa umidade.
Nos portos brasileiros, os prêmios variam de 95 a 110 pontos no mercado spot. Para janeiro, ficam entre 10 e 70, e para março, entre -20 e -5. No Oeste do Paraná, os preços giram entre R$ 130 e R$ 132 por saca. Em Paranaguá, os valores chegam a R$ 141 e R$ 142, conforme prazos e condições de pagamento.
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