Soja 10-12-2025 | 10:36:00

Soja recua em Chicago enquanto Brasil já mira nova safra

Sem maior presença da China nas compras, o mercado internacional da soja perde força, enquanto o Brasil monitora a virada da safra e os efeitos da queda dos prêmios

Por: Camilo Motter

Cenário internacional segura as cotações

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Além disso, o acompanhamento da safra sul-americana segue no radar dos investidores. As lavouras têm recebido chuvas regulares e, por enquanto, o desenvolvimento das plantas ocorre dentro da normalidade, o que reduz espaço para altas especulativas.
Colheita de soja se aproxima no Brasil e pressiona prêmios nos portos. Foto: Canva


O relatório do USDA divulgado nesta semana também não trouxe surpresas para a oleaginosa. A produção norte-americana ficou mantida em 115,75 milhões de toneladas, com estoques finais de 7,90 milhões de toneladas. No cenário global, os estoques permanecem próximos de 122 milhões de toneladas.

Mercado brasileiro já sente efeitos da nova colheita



Para o Brasil, o USDA manteve a estimativa de produção da última safra em 171,5 milhões de toneladas e projeta 112,5 milhões de toneladas em exportações para 2025/26. Já a China deve importar 108 milhões de toneladas neste ano e 112 milhões em 2026, o que mantém o país como principal cliente mundial da soja.

No mercado doméstico, a Granoeste alerta que a virada de estação exige cautela. Com o avanço da colheita a partir de janeiro, os prêmios costumam cair de forma expressiva, o que reduz os preços internos em reais. Atualmente, a diferença entre soja disponível e produto da nova safra gira em torno de R$ 10,00 por saca.

Nos portos brasileiros, os prêmios variam entre 100/130 pontos no spot, 35/50 para janeiro e entre 5/20 para março e abril. As indicações de compra no oeste do Paraná ficam entre R$ 134,00 e R$ 136,00, enquanto em Paranaguá os valores vão de R$ 142,00 a R$ 144,00, dependendo do prazo de pagamento e da localização do lote.

Mesmo com o recuo externo, a alta do dólar e pequenos ajustes nos prêmios contribuem para manter os preços internos relativamente estáveis. Indústrias também aumentaram ligeiramente o ritmo de compras, o que dá algum suporte ao mercado neste momento.

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Texto publicado originalmente em Notícias
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