Os futuros da soja operaram praticamente estáveis durante a tarde de quarta-feira (02/12) na Bolsa de Chicago (CBOT). As cotações ficaram equilibrando-se entre a alta do óleo de soja e do petróleo, mas pressionadas pela forte desvalorização do farelo de soja.
Os futuros do grão encerraram em leve queda de 0,12%, cotado a U$10,56/bushel. Já o farelo teve queda de 2,04%, queda que chegou a ser de quase 4,5%.
A recuperação parcial se deu ao longo do dia após a retomada do mercado regular. Apesar da grande variação negativa no pregão de hoje, nos últimos dias, os preços do farelo subiram 7,80% devido a escassez de ofertas nos EUA e América do Sul, além de rumores de que a Europa exigiria rastreabilidade desde a origem até o destino.
Fazendo com que os EUA fossem a principal origem com capacidade de honrar com esses compromissos. Compradores europeus estavam acelerando suas compras de olho no prazo de 30 de dezembro, quando as novas determinações passariam a valer e com medo de enfrentarem dificuldades para originar, acabaram adiantando suas compras.
Porém a Comissão Europeia decidiu estender o prazo de implementação da Regulamentação de Desmatamento da UE por mais 12 meses, aliviando a pressão e se traduzindo em uma queda neste pregão.
O milho e o trigo mantiveram a tendência de alta da sessão anterior, sustentados pelas preocupações com a safra do Mar Negro.
Comentei ontem que a intensificação dos conflitos no Oriente Médio tendia a acrescentar prêmio de risco às cotações do trigo, visto que muitas compras de trigo acabam passando pelo canal de Suez que fica localizado ao Oeste de Israel.
Além disso, o futuro de trigo segue precificando o problema climático na Rússia que vêm atrapalhando a semeadura do trigo, o que deve restringir a oferta global.
Hoje o trigo encerrou com valorização de 2,71% e o milho teve alta de 0,82%.
Na B3 o contrato futuro de milho registrou alta de 0,94% e encerrou cotado a R$69,65. O movimento de alta segue firme e encontra apoio no movimento de alta na CBOT e na necessidade de os compradores reporem seus estoques.
A quarta-feira foi marcada por volatilidade nos mercados globais, influenciada pela divulgação dos dados de emprego do ADP, que indicaram a criação de 143 mil vagas no setor privado dos EUA em setembro, acima da expectativa de 124 mil vagas, corroborando com os dados de emprego JOLT’s publicado ontem.
No Brasil, a Moody's surpreendeu o mercado ao elevar a nota de crédito do país, destacando o crescimento econômico robusto.
A medida pode abrir caminho para a recuperação do grau de investimento, proporcionando maior confiança no cenário econômico brasileiro e atrair mais investimentos estrangeiros.
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