Safra 25-09-2025 | 11:33:00

Soja 2025/26 terá safra recorde e câmbio pressiona preços

Safra recorde de soja no Brasil pressiona preços em 2025/26 enquanto câmbio e La Niña devem definir margens dos produtores

Por: Redação RuralNews

Apesar desse avanço, os preços na Bolsa de Chicago (CBOT) permanecem contidos. Isso ocorre porque a maior oferta global, somada a estoques em linha com a temporada anterior, reduz a possibilidade de valorização significativa.
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Impactos climáticos e risco da La Niña

Safra brasileira pode alcançar 175 milhões de toneladas e influenciar preços globais da soja. Foto: Canva


O fenômeno La Niña já influencia o clima na América do Sul. Há risco de chuvas abaixo da média no Sul do Brasil, Argentina, Paraguai e Uruguai. Por outro lado, o Centro-Oeste, Norte e Nordeste devem receber volumes acima da média.

Na Argentina, a safra tem projeção próxima a 50 milhões de toneladas. Esse resultado, se confirmado, ajuda a manter os preços estáveis. No entanto, quebras por conta do clima podem valorizar o grão em Chicago e alterar a dinâmica de mercado.

Câmbio será decisivo na formação do preço



O Itaú BBA projeta câmbio de R$ 5,35/USD em 2025 e R$ 5,50/USD em 2026. A valorização recente do Real, entretanto, pode pressionar os preços internos da soja.

Segundo os cálculos, não está distante um cenário em que a saca caia abaixo de R$ 100 em Mato Grosso. Como o custo da safra foi formado com câmbio mais alto, as margens sofrem impacto. Em Sorriso (MT), a rentabilidade pode cair de R$ 3.080/ha (44%) em 2024/25 para R$ 1.946/ha (31%) em 2025/26. Desse modo, os produtores enfrentam maior risco financeiro.

Comercialização avança lentamente



Até agosto, apenas 20% da safra 2025/26 havia sido comercializada, resultado abaixo da média histórica de 29%. A chegada das chuvas e o início do plantio, contudo, podem acelerar esse ritmo.

Além disso, a redução das tarifas de exportação na Argentina até outubro pode pressionar os prêmios no Brasil. Portanto, o andamento do clima e as negociações comerciais entre China e Estados Unidos seguem como fatores decisivos para os preços internacionais.

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Texto publicado originalmente em Notícias
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