SociobioMais investe R$ 1,4 mi e fortalece comunidades amazônicas
Entre 2023 e 2025, o projeto da Conab apoiou agricultores familiares, indígenas e quilombolas, garantindo renda, alimentação tradicional e governança local
Por: Redação RuralNews
Impactos sociais e estruturantes
O SociobioMais realizou 12 oficinas de capacitação e fortaleceu o Programa de Garantia de Preços Mínimos para Produtos da Sociobiodiversidade (PGPM-Bio), que evoluiu para o SociobioMais. Além disso, ampliou o acesso a políticas públicas de comercialização e avançou na governança local. Ademais, resgatou tradições alimentares, substituindo alimentos industrializados que geravam lixo na floresta.O projeto também contribuiu para reduzir a evasão escolar em comunidades indígenas atendidas pelo Programa de Aquisição de Alimentos (PAA). A reintrodução de produtos tradicionais, como açaí, peixe, farinha e tapioca, incentivou os estudantes a criarem o “cardápio dos sonhos”, refletindo suas preferências culturais.
Alimentos tradicionais e jovens líderes fortalecem a economia e cultura local com o SociobioMais. Foto: Conab / Divulgação
Renda e autonomia para produtores locais
Ao fornecer alimentação escolar, o projeto gerou remuneração para agricultores familiares, indígenas e extrativistas. Assim, fortaleceu a economia e a autonomia locais. Produtos como bolo de puba, galinha caipira, cará e mingau de mesocarpo passaram a integrar a dieta das crianças, respeitando tradições culturais e necessidades nutricionais.Durante a Cúpula dos Povos, também ocorreu intercâmbio de experiências entre agentes territoriais do Maranhão, Pará e Amazonas. Essa troca de conhecimento fortaleceu práticas bem-sucedidas e a atuação comunitária.
Parcerias e territórios atendidos
O projeto é executado pela Conab em parceria com a Agência Alemã de Cooperação Internacional (GIZ) e financiado pelo Programa Euroclima+. Ele atuou em territórios como Médio Mearim (MA), Marajó (PA), Terra do Meio (PA), Juruá (AC) e Médio Solimões (AM). As ações fortaleceram sistemas produtivos sustentáveis e ampliaram o acesso a políticas públicas relacionadas à sociobiodiversidade.Entre os principais legados, destaca-se a rede de Agentes Territoriais Ambientais (ATAs), formada por jovens e lideranças que mobilizaram as comunidades, acompanharam as atividades e fortaleceram a governança local.
Melania da Silva Gonçalves, moradora da comunidade Maribel, Terra do Meio, comentou: “Antes, quase não se falava do PAA. Hoje, o trabalho garante merenda de qualidade, reduz o lixo de enlatados e fortalece a renda das famílias, que voltaram a plantar sabendo que têm para quem vender. Além disso, retomamos alimentos que sempre fizeram parte da nossa vida”.
O encerramento do SociobioMais na Cúpula dos Povos reforçou o compromisso com a preservação da floresta, a diversidade sociocultural da Amazônia e a continuidade das ações de apoio aos povos e comunidades da região.
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Texto publicado originalmente em Notícias
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