Safra 2025/26 de açúcar sofre perdas, mas pode recuperar
Safra 2025/26 sofre impacto de incêndios e seca, mas análises da Hedgepoint indicam possível recuperação na produtividade
Por: Redação RuralNews
De acordo com a Hedgepoint Global Markets, o Índice de Saúde da Vegetação (VHI) começou a mostrar melhora com o avanço da colheita. Isso indica que há uma possível resiliência da produtividade. A coordenadora de Inteligência de Mercado, Lívea Coda, lembra que safras como as de 2012/13, 2015/16 e 2022/23 tiveram padrão semelhante, apresentando recuperação do TCH na segunda metade do ciclo.
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No entanto, agora parece que os efeitos prolongados dos incêndios do ano passado e o início seco de 2025 afetaram negativamente a cana moída na primeira parte da safra, afirma Coda.
Apesar do cenário inicial desfavorável, a Hedgepoint acredita em melhora. Assim, a projeção atual é de TCH acumulado em 76 t/ha, o que resultaria em cerca de 605 milhões de toneladas de cana.
Em julho, o açúcar bruto subiu 65 pontos. Esse movimento, por sua vez, foi impulsionado por discussões tarifárias, possível substituição do xarope de milho por açúcar na produção de refrigerantes nos EUA, licitações no Paquistão e aumento das importações da China. No Brasil, o mix de produção de açúcar segue elevado, mesmo considerando a expectativa de maior direcionamento para o etanol.
A Hedgepoint revisou a estimativa para o mix de açúcar de 51,2% para 52%. Essa mudança, portanto, pode gerar estoques de etanol mais apertados e sustentar os preços durante a entressafra.
Com base nos dados mais recentes da Unica e no cenário de mercado, a Hedgepoint reduziu em 650 mil toneladas a estimativa para a produção de açúcar. Assim, a nova previsão é de 40,9 milhões de toneladas. As exportações devem alcançar 31,9 milhões de toneladas, alinhadas ao resultado da safra 2024/25.
Para Coda, essa revisão diminui o excedente global e tende a manter os preços acima de 16 centavos de dólar por libra-peso.
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Texto publicado originalmente em Notícias
No entanto, agora parece que os efeitos prolongados dos incêndios do ano passado e o início seco de 2025 afetaram negativamente a cana moída na primeira parte da safra, afirma Coda.

Condições climáticas adversas e incêndios impactam produtividade da cana na safra 2025/26. Foto: Canva
Apesar do cenário inicial desfavorável, a Hedgepoint acredita em melhora. Assim, a projeção atual é de TCH acumulado em 76 t/ha, o que resultaria em cerca de 605 milhões de toneladas de cana.
Mercado e preços
Em julho, o açúcar bruto subiu 65 pontos. Esse movimento, por sua vez, foi impulsionado por discussões tarifárias, possível substituição do xarope de milho por açúcar na produção de refrigerantes nos EUA, licitações no Paquistão e aumento das importações da China. No Brasil, o mix de produção de açúcar segue elevado, mesmo considerando a expectativa de maior direcionamento para o etanol.
A Hedgepoint revisou a estimativa para o mix de açúcar de 51,2% para 52%. Essa mudança, portanto, pode gerar estoques de etanol mais apertados e sustentar os preços durante a entressafra.
Projeção revisada
Com base nos dados mais recentes da Unica e no cenário de mercado, a Hedgepoint reduziu em 650 mil toneladas a estimativa para a produção de açúcar. Assim, a nova previsão é de 40,9 milhões de toneladas. As exportações devem alcançar 31,9 milhões de toneladas, alinhadas ao resultado da safra 2024/25.
Para Coda, essa revisão diminui o excedente global e tende a manter os preços acima de 16 centavos de dólar por libra-peso.
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