Programa incentiva recuperação de pastagens degradadas
Faeg recebeu o Mapa para detalhar metas, juros e critérios do Caminho Verde Brasil, que busca transformar áreas improdutivas em produção sustentável
Por: Redação RuralNews
Segundo o Mapa, o objetivo é recuperar até 40 milhões de hectares de pastagens de baixa produtividade nos próximos dez anos. A proposta transforma essas áreas em terras agricultáveis de alto rendimento, sem necessidade de desmatamento.
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Atualmente, o Brasil possui cerca de 280 milhões de hectares destinados à agropecuária, sendo 165 milhões em pastagens. Desse total, aproximadamente 82 milhões apresentam algum grau de degradação. Portanto, a iniciativa busca converter esse passivo ambiental em oportunidade produtiva, permitindo praticamente dobrar a área de produção de alimentos no país.
Durante a apresentação, Carlos Augustin explicou que o Caminho Verde Brasil já conta com R$ 30 bilhões liberados e mais R$ 10 bilhões em aprovação, especialmente voltados para pequenos e médios produtores. Ele reforçou que o programa oferece juros menores.
Enquanto o mercado pratica taxas que chegam a 18% ao ano, o Caminho Verde Brasil deve operar entre 8% e 12%, conforme a instituição financeira escolhida. Segundo Augustin, o Tesouro Nacional captou recursos no exterior e, agora, os bancos repassarão o crédito combinando recursos próprios e do Tesouro.
Para acessar o financiamento, o produtor precisa apresentar um projeto técnico consistente. Esse documento deve incluir diagnóstico da área, comprovação da posse ou propriedade e plano detalhado de recuperação da pastagem. Assim, os agentes financeiros conseguem liberar o crédito com maior rapidez e condições mais competitivas.
O presidente do Sistema Faeg/Senar, José Mário Schreiner, destacou que ampliar a produtividade nas áreas já utilizadas é essencial. Ele afirmou que os produtores querem investir, mas, para isso, necessitam de incentivos adequados.
Schreiner lembrou que o Senar Goiás já oferece capacitação, assistência técnica e orientação para recuperação de áreas degradadas, o que deve fortalecer o avanço do programa.
O gerente técnico do Instituto para o Fortalecimento da Agropecuária de Goiás (Ifag), Leonardo Machado, afirmou que Goiás tem potencial expressivo para aderir ao Caminho Verde Brasil. Ele citou clima favorável, tecnologia disponível e produtores comprometidos com práticas sustentáveis.
Segundo Machado, o programa representa uma oportunidade concreta para ampliar eficiência, reduzir custos e melhorar indicadores ambientais das propriedades.
Por fim, Carlos Augustin reforçou que os produtores que aderirem precisarão comprovar evolução ambiental. Ele explicou que práticas como balanço de carbono, plantio direto e uso de cobertura morta serão fundamentais. Com isso, o Brasil poderá ampliar a oferta de produtos sustentáveis e de baixo carbono, garantindo competitividade internacional sem desmatamento.
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Texto publicado originalmente em Destaques
Atualmente, o Brasil possui cerca de 280 milhões de hectares destinados à agropecuária, sendo 165 milhões em pastagens. Desse total, aproximadamente 82 milhões apresentam algum grau de degradação. Portanto, a iniciativa busca converter esse passivo ambiental em oportunidade produtiva, permitindo praticamente dobrar a área de produção de alimentos no país.
Apresentação do Caminho Verde Brasil na Faeg reuniu produtores e técnicos para discutir crédito, metas e ações de recuperação de pastagens. Foto: Faeg / Divulgação
Crédito, juros e acesso ao programa
Durante a apresentação, Carlos Augustin explicou que o Caminho Verde Brasil já conta com R$ 30 bilhões liberados e mais R$ 10 bilhões em aprovação, especialmente voltados para pequenos e médios produtores. Ele reforçou que o programa oferece juros menores.
Enquanto o mercado pratica taxas que chegam a 18% ao ano, o Caminho Verde Brasil deve operar entre 8% e 12%, conforme a instituição financeira escolhida. Segundo Augustin, o Tesouro Nacional captou recursos no exterior e, agora, os bancos repassarão o crédito combinando recursos próprios e do Tesouro.
Para acessar o financiamento, o produtor precisa apresentar um projeto técnico consistente. Esse documento deve incluir diagnóstico da área, comprovação da posse ou propriedade e plano detalhado de recuperação da pastagem. Assim, os agentes financeiros conseguem liberar o crédito com maior rapidez e condições mais competitivas.
Sustentabilidade e modernização produtiva
O presidente do Sistema Faeg/Senar, José Mário Schreiner, destacou que ampliar a produtividade nas áreas já utilizadas é essencial. Ele afirmou que os produtores querem investir, mas, para isso, necessitam de incentivos adequados.
Schreiner lembrou que o Senar Goiás já oferece capacitação, assistência técnica e orientação para recuperação de áreas degradadas, o que deve fortalecer o avanço do programa.
O gerente técnico do Instituto para o Fortalecimento da Agropecuária de Goiás (Ifag), Leonardo Machado, afirmou que Goiás tem potencial expressivo para aderir ao Caminho Verde Brasil. Ele citou clima favorável, tecnologia disponível e produtores comprometidos com práticas sustentáveis.
Segundo Machado, o programa representa uma oportunidade concreta para ampliar eficiência, reduzir custos e melhorar indicadores ambientais das propriedades.
Por fim, Carlos Augustin reforçou que os produtores que aderirem precisarão comprovar evolução ambiental. Ele explicou que práticas como balanço de carbono, plantio direto e uso de cobertura morta serão fundamentais. Com isso, o Brasil poderá ampliar a oferta de produtos sustentáveis e de baixo carbono, garantindo competitividade internacional sem desmatamento.
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Texto publicado originalmente em Destaques
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