Soja 22-11-2025 | 9:45:00

Produtores de MT relatam prejuízos e replantio com falta de chuvas

A irregularidade das chuvas afeta o desenvolvimento da soja e obriga produtores a replantar e recorrer à irrigação

Por: Redação RuralNews

Tapurah enfrenta atrasos e replantio elevado

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Em Tapurah, o delegado coordenador do núcleo, Regis Porazzi, afirmou que ainda precisa replantar cerca de 10% da área. A chuva foi insuficiente para que a soja se desenvolvesse adequadamente e, além disso, até mesmo o replantio precisou ser interrompido por falta de umidade no solo.
Falta de chuvas afeta lavouras e aumenta custos no médio-norte de MT. Foto: Mateus Dias / Aprosoja MT


Segundo ele, o atraso compromete diretamente o plantio do milho. “Essa janela já não contempla mais o milho. É impossível manter o estande, por isso tivemos que replantar”, explicou. Ele reforça que esse problema aumenta os custos e, consequentemente, deixa a lavoura mais vulnerável a pragas e doenças como mosca-branca e percevejo nos meses de janeiro e fevereiro.

Irrigação ajuda a salvar áreas em Ipiranga do Norte



Em Ipiranga do Norte, o delegado coordenador Vitor Gatto destacou que as chuvas também ocorreram de forma muito espaçada e irregular. Por isso, para tentar manter a lavoura em pé e evitar novas perdas, foi necessário recorrer ao pivô de irrigação. “Tivemos que usar a irrigação. O custo é alto, mas quem é produtor e ama o que faz tenta salvar a soja”, relatou.

Mesmo com o uso da irrigação, Gatto prevê queda de produtividade. Isso ocorre porque a soja chegou ao estágio reprodutivo justamente no momento de maior necessidade de água.

Em Sorriso, plantio atrasado e falta de armazenamento agravam cenário

Já em Sorriso, o delegado Diogo Damiani explicou que o plantio começou acelerado, mas logo perdeu ritmo. “O que vinha acumulado de chuva em setembro praticamente não aconteceu em outubro. Tivemos apenas 18 milímetros em 30 dias. Finalizamos o plantio no dia 5 de novembro, um dos períodos mais longos da nossa história”, contou.

Damiani também relatou outro desafio: a falta de estruturas de armazenamento. Hoje, segundo ele, Sorriso tem apenas 50% da capacidade necessária e precisa recorrer a bolsões para guardar os grãos. Assim, além do problema climático, os produtores lidam com limitações logísticas importantes.

Produtores vivem safra marcada por incertezas



De forma geral, agricultores de diferentes municípios apontam falta de chuvas, replantios sucessivos, custos elevados e uso de pivôs em várias propriedades para tentar salvar a produção. Portanto, o clima adverso e o aumento de despesas ampliam a apreensão sobre o desempenho da safra 2025/26 em Mato Grosso.

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Texto publicado originalmente em Notícias
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