Preços da soja recuam em Chicago e prêmios seguem pressionados

Nas últimas sessões, os preços oscilaram dentro de uma faixa mais ampla, refletindo principalmente o comportamento dos importadores chineses. Estimativas apontam que cerca de 2 milhões de toneladas foram adquiridas por empresas estatais da China na retomada das compras nos Estados Unidos. No entanto, investidores aguardam volumes maiores, já que, segundo fontes do governo Trump, há promessa de compras totais próximas de 12 milhões de toneladas.
Apesar das incertezas envolvendo a demanda chinesa, os preços internacionais alcançaram um novo patamar em Chicago. Paralelamente, os prêmios nos portos perderam força, o que manteve a formação do preço interno relativamente estável nas últimas semanas.

Plantio avança com atraso no Brasil

No Brasil, produtores do Centro-Oeste e Sudeste relatam falta de umidade no solo. A irregularidade das chuvas atrasa a conclusão do plantio e prejudica o desenvolvimento das lavouras já semeadas. O levantamento da Safras Mercado indica que a semeadura da safra brasileira atingiu 79,8%, abaixo dos 85,6% do ano passado e da média histórica de 84,4%. No Mato Grosso, segundo o Imea, os trabalhos estão praticamente concluídos, com 98,8% da área plantada.

Na Argentina, o plantio avança e já alcança 46% da área, em linha com o ritmo do ano passado, de acordo com o Ministério da Agricultura. A projeção é de que a área chegue a 10,33 milhões de hectares, aumento de quase 12% frente ao ciclo anterior.

Nos portos brasileiros, os prêmios continuam pressionados. No mercado spot, as indicações variam de 80 a 95 pontos. Para janeiro, os valores ficam entre 5 e 40 pontos; já para março/abril, entre -20 e -5. No oeste do Paraná, as compras são indicadas entre R$ 132,00 e R$ 134,00. Em Paranaguá, negócios ocorrem entre R$ 142,00 e R$ 144,00, dependendo do prazo de pagamento, e no interior, conforme local e período de embarque.
Texto publicado originalmente em Notícias