Milho 29-12-2025 | 9:15:00

Preço do milho se mantém elevado em 2025 apesar da safra recorde

Mesmo com produção histórica no Brasil, estoques baixos, demanda firme e ajustes de oferta sustentaram as cotações ao longo do ano

Por: Redação RuralNews

Considerando o agregado das três safras 2024/25, a produção brasileira atingiu 141 milhões de toneladas. O volume representa alta de 22% frente à temporada anterior.
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Esse avanço ocorreu, principalmente, devido ao forte crescimento da segunda safra. O aumento da produtividade foi o principal fator de impulso.
O preço do milho em 2025 permanece elevado no Brasil, mesmo com safra recorde. Foto: Canva


Cenário internacional segue equilibrado



No mercado global, a oferta mundial de milho permaneceu praticamente estável entre as safras 2023/24 e 2024/25. As perdas registradas em alguns países foram compensadas por ganhos em outros.

Enquanto Rússia, Estados Unidos e Ucrânia reduziram a produção, Brasil, China e Índia ampliaram a oferta. Assim, o balanço global se manteve ajustado.

Estoques baixos sustentam preços no início do ano



No começo de 2025, apesar da expectativa de maior produção, o mercado doméstico sentiu o impacto do estoque de passagem reduzido. Em janeiro, o volume foi estimado em apenas 1,8 milhão de toneladas.

Além disso, a demanda interna seguiu aquecida. Ao mesmo tempo, vendedores pediam preços mais altos. Somaram-se, ainda, dificuldades logísticas.

Como resultado, os preços do milho avançaram no primeiro trimestre do ano.

Avanço da colheita pressiona cotações



Nos meses seguintes, porém, o cenário mudou. Com o avanço da colheita da safra de verão, a maior disponibilidade passou a pressionar as cotações.

Além disso, o bom desenvolvimento da segunda safra, favorecido pelo clima, reforçou as expectativas de uma colheita volumosa. Esse fator intensificou a pressão sobre os preços internos.

No início do segundo semestre, as cotações seguiram em queda. Nesse período, muitos consumidores reduziram as compras, à espera de novas desvalorizações.

Restrição de oferta volta a sustentar preços



Ao mesmo tempo, as exportações avançaram de forma mais lenta. Com isso, e com a colheita da segunda safra em andamento, vendedores passaram a mostrar maior flexibilidade nas negociações.

No entanto, a partir de outubro, o movimento se inverteu. Produtores passaram a restringir a oferta no mercado spot.

Consequentemente, os preços voltaram a se sustentar até meados de dezembro. Agentes do mercado relataram dificuldades na recomposição de estoques.

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Texto publicado originalmente em Mercado agro
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