Preço do feijão recua com maior oferta na 3ª safra
Preço do feijão recua na 3ª safra devido à maior oferta e baixa demanda entre 7 e 15 de agosto
Por: Redação RuralNews
Queda no feijão carioca premium
No feijão carioca de notas 9 ou superior, a colheita avançou e abasteceu o mercado com grãos de melhor qualidade. No entanto, a comercialização permaneceu lenta. Em Sorriso (MT), a saca de 60 kg caiu 8,26%, para R$ 185,50. No Centro/Noroeste de Goiás, recuou 3,78% (R$ 204,19/sc); no Leste Goiano, 1,17% (R$ 198,89/sc); e no Triângulo Mineiro/Alto Paranaíba, 1,41% (R$ 205,63/sc).

Maior oferta da 3ª safra mantém pressão sobre o preço do feijão. Foto: CNA / Divulgação
Além disso, algumas regiões registraram estabilidade ou leve alta, como o Sul Goiano (+0,80%, R$ 210,00/sc) e o Noroeste de Minas (+0,18%, R$ 211,42/sc). Mesmo nesses casos, os preços continuam abaixo das médias históricas.
Feijão de notas intermediárias
Para o feijão carioca de notas 8 e 8,5, o aumento da colheita trouxe mais lotes de nota 8,5, favorecendo grãos de melhor granulação e escurecimento lento. Lotes com defeitos sofreram maiores desvalorizações. Entre 7 e 14 de agosto, Itapeva (SP) teve queda de 9,16% (R$ 183,32/sc); Sorriso (MT), 4,61% (R$ 178,33/sc); Triângulo Mineiro/Alto Paranaíba, 2,55% (R$ 191,00/sc); e Metade Sul do Paraná, 2,54% (R$ 164,74/sc). Curitiba (PR) registrou leve alta de 0,54% (R$ 174,94/sc), e Barreiras (BA) teve retração gradual para R$ 198,75/sc.
Feijão preto com negociações travadas
No feijão preto tipo 1, as negociações seguem travadas, com baixa presença de compradores e abastecimento garantido pelos estoques. Os preços recuaram: Nordeste Rio-grandense (RS), 4,71% (R$ 135,00/sc); Metade Sul do Paraná, 2,83% (R$ 121,82/sc); e Curitiba (PR), 1,96% (R$ 126,44/sc). Todas as regiões permanecem com cotações abaixo das médias históricas.
Combinação de fatores mantém pressão
De acordo com o Tiago Pereira, assessor técnico da CNA, “os preços do feijão seguem pressionados pela combinação entre maior oferta da terceira safra e baixa demanda interna. O consumo não cresce o suficiente, e as exportações, embora aquecidas, ainda não absorvem os excedentes.”
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Texto publicado originalmente em Destaques
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