Plantio de soja chega a 2,2 milhões de hectares na Bahia

Com esse avanço, o cenário para a atual temporada se mostra positivo. A soja segue como a principal cultura agrícola da região e deve registrar produtividade média de cerca de 68 sacas por hectare. Assim, a expectativa é de que a colheita atinja aproximadamente 9,049 milhões de toneladas neste ciclo.

Milho também apresenta bom desempenho

Além da soja, o milho verão também apresenta resultados consistentes. O plantio já alcançou 99% da área estimada, o que corresponde a cerca de 120 mil hectares. Para essa cultura, a produtividade média projetada é de 187 sacas por hectare, com produção estimada em 1,346 milhão de toneladas.

Esses números reforçam o desempenho das principais culturas do estado e indicam estabilidade produtiva, mesmo diante de ajustes pontuais na área cultivada.

Safra 2025/26 reforça competitividade da agricultura baiana

As atualizações foram apresentadas durante reunião do Conselho Técnico Consultivo da Aiba, realizada nesta segunda-feira (15), em Barreiras. Segundo o gerente de agronegócios da entidade, Aloísio Júnior, os resultados refletem ganhos consistentes de produtividade e fortalecem a posição da Bahia no cenário agrícola nacional.

“Em 2025, a agricultura baiana consolidou sua relevância, especialmente na produção de grãos e fibras. A soja deve alcançar 8,61 milhões de toneladas, crescimento de 14,3% em relação a 2024, sustentado pelo aumento da produtividade média”, afirmou.

No caso do milho, mesmo com redução de área, a produção total deve crescer 16,3%, impulsionada principalmente pela primeira safra. Além disso, o monitoramento fitossanitário segue ativo e, até o momento, não há registros de ferrugem asiática na região.

Perspectivas climáticas para 2026

Com o bom desempenho da safra atual, os produtores já acompanham as projeções climáticas para 2026. A expectativa é de manutenção do fenômeno La Niña, condição que tende a favorecer a regularidade das chuvas no Nordeste.

De acordo com Aloísio Júnior, esse cenário amplia a janela de semeadura e reduz riscos associados a veranicos e déficits hídricos. Dessa forma, a combinação entre clima favorável, manejo eficiente e uso de tecnologia pode sustentar novos avanços na produção agrícola baiana nos próximos ciclos.
Texto publicado originalmente em Capa