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INÍCIO AGRICULTURA Geral Publicado em 16/09/2024

Plano Safra e os impactos na geração de energia solar para os próximos meses

A atualização das linhas de crédito incentivam a sustentabilidade e estimulam investimentos em energia solar
Redação RuralNews

Por meio do Plano Safra 2024/2025, o Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa) anunciou a liberação recorde de aproximadamente R$ 476 bilhões em linhas de crédito para produtores rurais, um aumento de quase 10% em relação à edição anterior.

Visando o fomento da agricultura e da pecuária nacional, o destaque da nova edição vai para a sustentabilidade no campo, com redução de taxas para implementação de energia solar.

A transição energética é uma das muitas formas de se implementar práticas sustentáveis no agronegócio e a injeção de recursos e novas opções de financiamento do Plano Safra beneficiarão não só os grandes produtores rurais, mas também a agricultura familiar. Por meio do Pronaf Bioeconomia, os pequenos produtores rurais poderão investir em sistemas fotovoltaicos e outras tecnologias sustentáveis, com taxas de 3% ao ano.

Já para o segmento empresarial, o programa RenovAgro permite financiar sistemas para geração de energia renovável, como a solar, além de outras práticas sustentáveis, como a agricultura orgânica e a produção de bioinsumos, com taxa de juros de 7% ao ano, buscando a adaptação às mudanças climáticas e a redução na emissão de carbono.

Com a instalação de geração solar, o agronegócio tem muito a se beneficiar em termos de estratégia e competitividade. Segundo a Associação Brasileira de Energia Solar Fotovoltaica (Absolar), o investimento na fonte fotovoltaica se paga em pouco tempo com uma economia de até 95% na conta de luz.

Além de ser uma fonte de energia limpa, com baixo impacto ambiental, a energia solar proporciona autonomia energética, o que aumenta a disponibilidade em áreas mais remotas e também a margem de lucro dos produtos, por reduzir o gasto de eletricidade em processos como a irrigação.

De janeiro a abril de 2024, a fonte solar adicionou 5 GW na matriz elétrica nacional, ultrapassando a marca de 42 GW de capacidade instalada no Brasil, o que equivale a produção de três usinas de Itaipu, de acordo com levantamento da Absolar, constituindo participação de 18% da matriz elétrica brasileira.

E com as novas condições de financiamento do Plano Safra, neste segundo semestre, o mercado de energia solar tende a ser promissor. Como a energia solar esse ano está no menor preço histórico e o payback (retorno do investimento) é muito atrativo, havendo acesso ao crédito, continuará crescendo.

Com maior produção de energia solar, os sistemas de armazenamento também têm evoluído bastante, principalmente no Brasil, graças à mudança legislativa que busca alternativas ao crescente custo da energia. Os sistemas de armazenamento permitem o uso contínuo da energia solar acumulada, podendo ser utilizada inclusive à noite ou em dias nublados. 

Atualmente, as baterias de íon de lítio são as mais eficientes do mercado, destacando-se por sua durabilidade, segurança e baixa manutenção. Com uma demanda corrente de 300 Quilowatt-hora (kWh), a projeção de crescimento para o mercado brasileiro de armazenamento de energia é dobrar de tamanho ainda em 2024. 

Apesar dos minerais de silício serem extraídos do solo brasileiro, o país ainda não é produtor de baterias de íon de lítio, importando-as do continente asiático. No entanto, segundo a Associação Brasileira de Soluções de Armazenamento de Energia (Absae), em até cinco anos, o Brasil alcançará a demanda necessária para instalação de uma fábrica de células de lítio.

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