Panorama do algodão brasileiro mostra demanda e exportações em alta
Algodão brasileiro mantém qualidade e exportações sólidas apesar de desafios climáticos e movimentações globais do mercado
Por: Redação RuralNews
Algodão em Nova York
O contrato Dez/25 fechou cotado a 66,72 U$c/lp (+0,8% em relação a 04/set). Já o contrato Dez/26 terminou o pregão em 69,36 U$c/lp (+0,6%). Assim, o mercado apresenta leve valorização, acompanhando expectativas de cortes de juros e movimentos especulativos.

Exportações e colheita do algodão brasileiro seguem em ritmo avançado. Foto: Canva
Basis Ásia
O Basis médio do algodão brasileiro posto Leste da Ásia está em 733 pontos para embarque Out/Nov-25 (Middling 1-1/8"). Portanto, o algodão brasileiro segue competitivo na região, principalmente devido à qualidade e aos preços favoráveis.
Índia e demanda por algodão
A Índia continua comprando volumes expressivos de algodão brasileiro, com chegada prevista antes do fim da inserção da tarifa de importação em 31/dez. Dessa forma, o Brasil lidera as importações indianas, mantendo-se como fornecedor estratégico.
Enchentes no Paquistão
As enchentes no Paquistão interromperam colheita e beneficiamento, elevando riscos de perdas físicas e de qualidade. Consequentemente, parte das fiações voltou a sondar importações em outros países, beneficiando o algodão brasileiro.
Dados macro dos EUA
Nos Estados Unidos, o Dow Jones superou 46.000 pontos e a inflação “core” avançou 0,3% em agosto. Entretanto, pedidos de auxílio-desemprego atingiram o maior nível em quatro anos, aumentando as apostas de corte de juros pelo Fed. Assim, a expectativa de redução da taxa de juros sustenta as commodities.
Ações asiáticas
As bolsas asiáticas registraram alta expressiva, com o índice MSCI próximo de recorde histórico. Além disso, o movimento foi impulsionado pelo apetite global por risco, refletindo positivamente no mercado de algodão.
Produção chinesa
Impulsionada pela expansão da área em Xinjiang e por produtividade acima do esperado, a produção chinesa deste ano deve ultrapassar 7 milhões de toneladas, segundo a BCO. Por outro lado, o consumo interno decepciona e o mercado imobiliário segue em retração, reduzindo a demanda geral.
Contrato Dez/25 e pressão vendedora
No contrato Dez/25, há 6,25 milhões de fardos em purchases on call não fixados, contra 2,01 milhões em sales on call. Portanto, o volume líquido ainda deve superar 3 milhões de fardos, gerando pressão baixista no contrato.
Safra americana
O USDA deve aumentar a estimativa da safra americana devido às ótimas condições de campo. No entanto, a dúvida permanece sobre quando essa atualização será divulgada e qual será o novo volume projetado.
Qualidade do algodão brasileiro
A Abrapa publicou o primeiro relatório de qualidade da safra 2024/25. Até 31/ago, 5,57 milhões de fardos foram analisados, com previsão de chegar a 18,5 milhões até o fim da safra. Dessa forma, o Brasil mantém alto padrão de qualidade no algodão exportado.
Exportações e colheita
Na primeira semana de setembro/25, as exportações brasileiras de algodão somaram 29,4 mil toneladas, com média diária 27,1% menor que em setembro/24. No entanto, o Brasil segue competitivo frente aos EUA e Austrália, principalmente na Índia.
Até 11/09, a colheita no Brasil atingiu 97,16% do total, com destaque para MA, MS, PI e PR com 100%. Além disso, o beneficiamento atingiu 35,69% do volume nacional, com PR e SP já em níveis próximos de 100%.
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Texto publicado originalmente em Notícias
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