Outono quente derruba produção de leite no RS em até 24%
Março teve pico de calor e provocou estresse térmico severo em rebanhos leiteiros
Por: Redação RuralNews
O levantamento utilizou o Índice de Temperatura e Umidade (ITU) para medir o conforto térmico dos bovinos leiteiros entre março e maio. O mês de março foi o mais crítico do trimestre, com temperaturas médias acima de 30 °C em diversas regiões e ITU médio de 71,6 — já caracterizado como estresse leve. Em quase 20% dos municípios analisados, o índice superou o limite crítico de 84, mesmo que por algumas horas. Em cidades como Uruguaiana e Maçambará, o estresse térmico severo foi registrado por mais de 13% do tempo. No total, 76% dos 25 municípios monitorados apresentaram condições preocupantes de calor.
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A pesquisadora e médica veterinária Adriana Tarouco, do DDPA/Seapi, explica que o calor intenso fez com que as vacas redirecionassem energia da produção de leite para a regulação da temperatura corporal. Já em abril e maio, a chegada de massas de ar frio proporcionou alívio: as temperaturas oscilaram entre 15 °C e 25 °C, e a umidade variou de 64% a 91%. Com isso, os bovinos permaneceram cerca de 90% do tempo em zona de conforto térmico, permitindo uma recuperação gradual da produção.
As chuvas no período foram irregulares. Março e abril registraram volumes abaixo da média histórica em grande parte do estado, enquanto maio teve acumulados elevados em regiões como a Central e a Fronteira Oeste — com destaque para Itaqui, que somou 400 mm.
Diante desse cenário, o comunicado recomenda medidas como sombreamento, ventilação adequada, oferta contínua de água de qualidade e ajustes na dieta para mitigar os efeitos do calor. A análise reforça a importância da gestão climática na pecuária leiteira, especialmente frente ao aumento da frequência de eventos extremos.
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Texto publicado originalmente em Notícias
A pesquisadora e médica veterinária Adriana Tarouco, do DDPA/Seapi, explica que o calor intenso fez com que as vacas redirecionassem energia da produção de leite para a regulação da temperatura corporal. Já em abril e maio, a chegada de massas de ar frio proporcionou alívio: as temperaturas oscilaram entre 15 °C e 25 °C, e a umidade variou de 64% a 91%. Com isso, os bovinos permaneceram cerca de 90% do tempo em zona de conforto térmico, permitindo uma recuperação gradual da produção.

Produção leiteira no RS foi prejudicada pelo calor excessivo de março, com perdas de até 24% nos rebanhos mais produtivos. Foto: Fernando Dias/ Ascom Seapi
As chuvas no período foram irregulares. Março e abril registraram volumes abaixo da média histórica em grande parte do estado, enquanto maio teve acumulados elevados em regiões como a Central e a Fronteira Oeste — com destaque para Itaqui, que somou 400 mm.
Diante desse cenário, o comunicado recomenda medidas como sombreamento, ventilação adequada, oferta contínua de água de qualidade e ajustes na dieta para mitigar os efeitos do calor. A análise reforça a importância da gestão climática na pecuária leiteira, especialmente frente ao aumento da frequência de eventos extremos.
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