Nova alíquota do Proagro comprometerá trigo no PR, afirma presidente da APEPA
O engenheiro agrônomo Daniel Galafassi, presidente da Associação de Planejamento Agropecuário do Paraná (APEPA) afirma que instrução normativa do Banco Central é o começo do fim da produção de trigo no Estado
Por: Redação RuralNews
Daniel cita como exemplo o município de Cascavel, na região Oeste do Estado. Nele, a alíquota de adesão ao Proagro para trigo será de 23%, com cobertura limitada a no máximo 85%, podendo ser ainda menor.
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"Isso significa que, se o produtor financiar R$ 100 mil, ele terá que pagar R$ 23 mil a mais para que sua lavoura seja segurada pelo Proagro, sem contar os juros e outras despesas do financiamento. Em termos práticos, a situação se torna insustentável para culturas como o trigo, que já enfrentam desafios significativos, como os econômicos e climáticos", alerta Daniel.
Paral o presidente da Apepa, o governo federal não tem adotado ações concretas para fomentar outras culturas de inverno. "Pelo contrário, tem retirado investimentos de instituições cruciais, como a EMBRAPA e o IDR (antigo IAPAR), que, há anos, enfrentam um processo de sucateamento e carecem urgentemente de recursos para realizar o trabalho de pesquisa e desenvolvimento necessários", lamenta o engenheiro agrônomo.
Ele também questiona a falta de incentivos ao seguro agrícola privado. "É sempre a mesma coisa. O governo, em vez de apoiar esse modelo, tem reduzido progressivamente a subvenção para o setor, que já era insuficiente", afirma.
Para ele, essa falta de visão e de apoio governamental coloca em risco não apenas o cultivo do trigo, mas toda a cadeia produtiva agrícola, que depende da estabilidade do setor para gerar empregos e sustentar a economia.
"Com isso, os produtores enfrentam cada vez mais dificuldades para manter suas lavouras e continuar investindo na produção de trigo no Paraná. Infelizmente, o cenário atual aponta para um futuro incerto e desafiador para os agricultores, que têm cada vez menos apoio para seguir com a atividade", salienta. Para Galafassi, a persistência dessa política, sem um olhar atento para as necessidades do setor agrícola, pode ser o ponto de não retorno para a cultura do trigo no estado.
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Texto publicado originalmente em Notícias
"Isso significa que, se o produtor financiar R$ 100 mil, ele terá que pagar R$ 23 mil a mais para que sua lavoura seja segurada pelo Proagro, sem contar os juros e outras despesas do financiamento. Em termos práticos, a situação se torna insustentável para culturas como o trigo, que já enfrentam desafios significativos, como os econômicos e climáticos", alerta Daniel.

O Paraná é um dos principais produtores de trigo do Brasil
Paral o presidente da Apepa, o governo federal não tem adotado ações concretas para fomentar outras culturas de inverno. "Pelo contrário, tem retirado investimentos de instituições cruciais, como a EMBRAPA e o IDR (antigo IAPAR), que, há anos, enfrentam um processo de sucateamento e carecem urgentemente de recursos para realizar o trabalho de pesquisa e desenvolvimento necessários", lamenta o engenheiro agrônomo.
Ele também questiona a falta de incentivos ao seguro agrícola privado. "É sempre a mesma coisa. O governo, em vez de apoiar esse modelo, tem reduzido progressivamente a subvenção para o setor, que já era insuficiente", afirma.
Para ele, essa falta de visão e de apoio governamental coloca em risco não apenas o cultivo do trigo, mas toda a cadeia produtiva agrícola, que depende da estabilidade do setor para gerar empregos e sustentar a economia.
"Com isso, os produtores enfrentam cada vez mais dificuldades para manter suas lavouras e continuar investindo na produção de trigo no Paraná. Infelizmente, o cenário atual aponta para um futuro incerto e desafiador para os agricultores, que têm cada vez menos apoio para seguir com a atividade", salienta. Para Galafassi, a persistência dessa política, sem um olhar atento para as necessidades do setor agrícola, pode ser o ponto de não retorno para a cultura do trigo no estado.
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