MS amplia protagonismo do agro na agenda climática
Com políticas e tecnologias sustentáveis, MS fortalece o agro na agenda climática e acelera a redução de carbono rumo à neutralidade até 2030
Por: Redação RuralNews
Liderança em tecnologias sustentáveis
De acordo com Ana Beatriz, consultora técnica da Famasul, a agricultura de baixo carbono cresce no estado porque combina conservação ambiental, produtividade, viabilidade econômica e compromisso social. Atualmente, MS lidera o país em áreas com Integração Lavoura-Pecuária-Floresta (ILPF), com mais de 3 milhões de hectares.

Estado investe em práticas sustentáveis e engaja o campo na meta de carbono neutro. Foto: Sistema Famasul / Divulgação
Além disso, destaca-se o uso de bioinsumos, irrigação sustentável e fixação biológica de nitrogênio — tecnologias que impulsionam a redução de carbono no agro de MS.
Preservação que gera valor
Outra frente importante é a recuperação de pastagens degradadas e o cultivo de florestas plantadas. Ao mesmo tempo, cerca de 35% do território do estado é composto por vegetação nativa preservada dentro das propriedades privadas, segundo o Cadastro Ambiental Rural (CAR).
No Pantanal, mais de 87% do bioma está intacto. Esse índice faz da região o ecossistema com menor perda de vegetação nativa no Brasil entre 2000 e 2018. Projetos como o PSA Pantanal valorizam essa preservação. Por meio do pagamento por serviços ambientais, produtores recebem pela vegetação excedente que conservam, integrando conservação e produção.
Produtor engajado com o futuro
A adesão do produtor rural às práticas sustentáveis vai além das exigências legais. Isso ocorre também por vantagens como acesso a crédito, novos mercados, apoio técnico e maior rentabilidade. De acordo com Ana Beatriz “A agricultura de baixo carbono é uma escolha estratégica que une preservação, inclusão social e lucro”.
Além disso, esse compromisso local acompanha uma tendência internacional. Na COP28, o agro foi reconhecido como parte da solução para o clima. Já na COP29, foi formalizado um novo mercado global de créditos de carbono — mais uma oportunidade para o agro brasileiro.
Iniciativas que já dão resultados
Mato Grosso do Sul está se preparando para esse novo cenário com políticas públicas e projetos bem estruturados. Um exemplo é a campanha “Movido pelo Agro – Etanol”, desenvolvida em parceria com a Biosul. Na primeira edição, o consumo ultrapassou 91 mil litros de etanol, evitando a emissão de mais de 90 toneladas de CO₂.
Outro projeto em andamento é o “Carbono ATeG”, do Senar/MS. A iniciativa está medindo, pela primeira vez, as emissões de gases de efeito estufa em propriedades rurais. A etapa inicial incluiu 30 propriedades e os dados servirão como base para ações mais eficazes no futuro.
Caminho sólido para uma nova economia
Com metas definidas, apoio técnico e forte adesão dos produtores, a redução de carbono no agro de MS avança de maneira sólida. O estado mostra como ciência, inovação e responsabilidade podem liderar a transição para uma economia mais sustentável.
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Texto publicado originalmente em Notícias
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