Modelo sustentável brasileiro ganha destaque na COP30

Integração eficiente entre cadeias produtivas

A coordenadora-geral de Sustentabilidade e Regulação da Secretaria de Comércio e Relações Internacionais do Mapa (SCRI), Andrea Moura, representou o Ministério e reforçou o papel do Brasil como referência mundial. Ela afirmou que o país integra diferentes cadeias produtivas de forma eficiente e, por isso, evita a competição entre alimentos e biocombustíveis.

Segundo Andrea, essa complementaridade aparece em sistemas como o cultivo de milho na segunda safra após a soja. Essa alternância melhora o solo e aumenta a produtividade. Além disso, abastece simultaneamente a indústria de alimentos e a de biocombustíveis, sem prejuízo para nenhuma das duas.

Biocombustíveis impulsionam a transição energética

Durante a apresentação, Andrea destacou que os biocombustíveis são essenciais para a transição energética global. Eles vêm de fontes renováveis, como milho, cana-de-açúcar e oleaginosas, e ajudam a reduzir gradualmente o uso de combustíveis fósseis. Entretanto, o Brasil ainda tem espaço para ampliar a oferta, especialmente nos setores de aviação e transporte marítimo.

Assim, de acordo com a coordenadora, o país reúne condições para expandir a produção e, ao mesmo tempo, cumprir metas ambientais e diversificar a matriz energética.

Modelo brasileiro reforça sustentabilidade e inovação

Andrea também afirmou que o modelo agrícola brasileiro prova que é possível conciliar segurança alimentar, inovação e sustentabilidade. Enquanto outros países enfrentam dificuldades para integrar sistemas, o Brasil avança com equilíbrio. Dessa forma, ela ressaltou que o país contribui de maneira ativa para a solução global, pois alimenta o mundo e gera energia limpa com responsabilidade.

Espaço AgriZone promove diálogo e soluções

A atividade integrou a programação da AgriZone, espaço criado por Mapa e Embrapa para apresentar soluções inovadoras da agropecuária brasileira durante a COP30. Além disso, o ambiente reuniu governos, produtores, pesquisadores e organizações internacionais, o que facilitou o diálogo sobre oportunidades, desafios e tecnologias que podem fortalecer o setor nos próximos anos.
Texto publicado originalmente em Notícias