Milho 01-07-2025 | 10:48:00

Milho acumula nova queda em Chicago com avanço das safras no Brasil e nos EUA

Mercado digere relatórios do USDA e sente pressão da grande oferta global

Por: Camilo Motter

Entre os principais fatores de pressão estão o bom andamento da safra norte-americana e a colheita acelerada da safrinha no Brasil. Consultorias já estimam a produção da segunda safra brasileira acima de 120 milhões de toneladas, com o volume total nacional podendo atingir 150 milhões de toneladas.
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Nos EUA, o USDA informou que os estoques de milho em 1º de junho somaram 117,96 milhões de toneladas, em linha com as expectativas do mercado. Já a área plantada para a safra 2025/26 foi estimada em 38,53 milhões de hectares, alta de quase 5% em relação ao ciclo anterior.
Avanço da colheita no Brasil e safra promissora nos EUA pressionam preços do milho no mercado internacional. Foto: Canva


O acompanhamento das lavouras apontou melhora nas condições: 73% das áreas foram classificadas como boas ou excelentes, contra 70% na semana anterior. No mesmo período de 2024, o índice era de 67%. Em relação ao estágio das lavouras, 8% entraram em pendoamento, abaixo dos 10% do ano passado, mas acima da média histórica de 6%.

No mercado interno, a pressão também se intensifica. A Granoeste destaca que há aumento no volume ofertado e pouca reação da demanda, o que resulta em queda nas cotações. No oeste do Paraná, as indicações de compra estão entre R$ 53,00 e R$ 56,00. Já em Paranaguá, os preços variam entre R$ 61,00 e R$ 63,00, conforme o prazo de pagamento e a localização do lote.

Na B3, o contrato julho era negociado a R$ 63,15 na manhã desta terça, ante R$ 63,50 no fechamento anterior. O setembro operava a R$ 61,60, frente a R$ 61,97 no pregão anterior. O câmbio segue estável, cotado a R$ 5,44.

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Texto publicado originalmente em Notícias
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