Os contratos negociados com milho na Bolsa de Chicago operam em leve alta neste momento, manhã de quarta-feira, a U$ 4,78/dezembro. Ontem, os vencimentos mais próximos fecharam com queda de 9 pontos. Na BMF, setembro opera em R$ 54,00 (-0,9%) e novembro, em R$ 57,40 (+0,3%).
O relatório mensal de oferta e demanda, divulgado ontem pelo
USDA, teve como maior surpresa o tamanho da safra norte-americana, estimada, agora, em 384,43MT. Mesmo com cortes na produtividade, a produção foi avaliada acima das 383,83MT previstas no mês passado e acima do que mercado aguardava, 380,8MT.
O USDA também promoveu uma surpreendente elevação de 300 mil hectares na área semeada com milho, passando para 38,41MH.
Em relação à produtividade, houve redução de quase duas sacas por hectare no comparativo com o mês de agosto, para 181,81 SC/HA. O mercado esperava um corte ainda maior.
Os estoques finais norte-americanos passam a ser projetados em 56,4MT, acima das 55,94MT de agosto e, também, além das 54,03MT estimadas pelos analistas.
A produção mundial tem aumento de 0,7MT, para 1.214,3MT; enquanto isto, o consumo tem pequeno decréscimo, estimado em 1.199,7MT. Os estoques finais mundiais têm aumento de cerca de 3,0MT, passando para 314,0MT.
Para o Brasil, o USDA mantém a produção e as exportações para a safra 2023/24 nos mesmos patamares do mês passado, em 129,0MT e 55,0MT, respectivamente. Para a safra 2022/23 a produção brasileira foi aumentada em 2,0MT, para 137,0MT, e as exportações em 1,0MT, para 56,0MT.
A respeito da Argentina, para a safra 2023/24 não houveram mudanças - produção mantida em 54,0MT e exportações em 40,5MT. Na temporada 22/23 a produção se manteve em 34,0MT, mas as exportações subiram 1,0MT, para 23,0M.
Segundo o
DERAL, o plantio de milho verão no PR chega a 42%. A área está projetada em 317 mil hectares, queda de 16% em relação ao ano passado.
De acordo com
IMEA, a comercialização de milho no MT, safra 2022/23, atinge 65,3%. As vendas se intensificaram em agosto em razão da necessidade de espaço. Para a safra 2023/24, o percentual negociado é de 7,9%, ante 27,55% de média para o período.
Internamente, os preços seguem pressionados. A colheita está praticamente concluída e os preços internacionais, que são o balizamento para as cotações internas, se mantêm acomodados. Enquanto isto, os produtores permanecem acompanhando a fase final de evolução da safra dos EUA, bem como a implantação da safra de verão no Brasil.
Indicações de compra na faixa entre R$ 47,00/49,00 no oeste do estado; em Paranaguá, entre R$ 59,00/62,00 – dependendo de prazos de pagamento e, no interior, também da localização do lote.