Mercado de defensivos para milho cai 7% e soma US$ 2,36 bi
Redução nos custos dos produtos e variação cambial influenciaram o recuo, enquanto área potencial tratada chegou a 386 milhões de hectares
Por: Redação RuralNews
De acordo com especialistas, a principal causa dessa queda foi a redução média de 13% nos custos dos produtos. Além disso, a desvalorização de cerca de 16% do real frente ao dólar também impactou o resultado.
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Por outro lado, fatores como a maior eficiência produtiva e o aumento da área cultivada ajudaram a reduzir parte dos impactos sobre o mercado total.
Mesmo com a queda no faturamento, a área plantada cresceu 6% e alcançou 16,9 milhões de hectares nas principais regiões produtoras.
Segundo especialistas, o plantio mais cedo da soja, o mercado aquecido de etanol e o avanço das exportações favoreceram a expansão. Dessa forma, a adoção de tecnologias também cresceu 11% em comparação com 2024.
Consequentemente, a área potencial tratada (PAT) registrou um aumento expressivo de 24%, alcançando 386 milhões de hectares. Esse avanço mostra o uso mais intenso de produtos e misturas ao longo do ciclo.
O avanço do manejo fitossanitário não aconteceu por acaso. Pelo contrário, ele foi impulsionado por uma forte pressão de pragas e doenças fúngicas.
Além disso, o controle de plantas daninhas específicas exigiu aplicações mais frequentes e complexas. Assim, o uso de defensivos cresceu em volume e também em variedade, alterando o comportamento do mercado.
Os inseticidas foliares continuaram liderando o mercado. Eles representaram 38% das vendas, com movimentação de US$ 891 milhões, ante US$ 1,008 bilhão no ciclo anterior.
Enquanto isso, os fungicidas foliares alcançaram a segunda posição pela primeira vez, com 21% das transações e US$ 500 milhões movimentados.
Em contrapartida, os herbicidas perderam espaço. Eles ficaram com 20% do mercado e US$ 466 milhões em vendas, abaixo dos US$ 543 milhões do ano anterior.
Os produtos para tratamento de sementes movimentaram US$ 306 milhões, cerca de 13% do total. Por fim, nematicidas e outros itens corresponderam a 8% do mercado, somando US$ 195 milhões.
O estudo também revelou aumento no uso de lagarticidas foliares, nematicidas e fungicidas premium. De forma geral, a adoção de nematicidas subiu de 33% para 44% da área cultivada.
Consequentemente, a área tratada atingiu 7,43 milhões de hectares. Os fungicidas premium representaram 49% dos investimentos em controle de doenças, movimentando US$ 245 milhões.
Além disso, a aplicação média aumentou de 33% para 51%, com cerca de 1,4 aplicação por ciclo. A área tratada com fungicidas stroby mix manteve a liderança, com 42% de participação e 7,098 milhões de hectares.
O uso de inseticidas para lagartas também subiu. Enquanto isso, o número médio de aplicações passou de 2,3 para 2,8por ciclo, e a participação no mercado cresceu de 20% para 31%.
No segmento de herbicidas, houve avanço nos subgrupos premium grass, que passaram de 23% para 28%, e nos de dessecação e amplo espectro, que subiram de 19% para 38%.
Entre os estados produtores, Mato Grosso manteve a liderança. O estado respondeu por 43% da área total, com cerca de 7,25 milhões de hectares.
Além disso, o Paraná registrou crescimento de 14%, chegando a 2,7 milhões de hectares e representando 16% do total. Goiás e Mato Grosso do Sul empataram com 13% cada, cerca de 2,21 milhões de hectares.
Por fim, Bahia, Mapitopa, Minas Gerais, São Paulo e Sergipe completaram os 15% restantes.
O levantamento foi feito com base em 2,2 mil entrevistas com produtores rurais nas principais regiões produtoras de milho da segunda safra.
Dessa forma, o estudo mostra que, mesmo com a queda no faturamento, a adoção de tecnologias e a intensidade de uso de defensivos seguem em crescimento.
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Texto publicado originalmente em Destaque
Por outro lado, fatores como a maior eficiência produtiva e o aumento da área cultivada ajudaram a reduzir parte dos impactos sobre o mercado total.

Mercado de defensivos para milho movimenta US$ 2,36 bilhões e registra mudanças importantes nas categorias de produtos. Foto: Canva
Expansão da área plantada e adoção tecnológica
Mesmo com a queda no faturamento, a área plantada cresceu 6% e alcançou 16,9 milhões de hectares nas principais regiões produtoras.
Segundo especialistas, o plantio mais cedo da soja, o mercado aquecido de etanol e o avanço das exportações favoreceram a expansão. Dessa forma, a adoção de tecnologias também cresceu 11% em comparação com 2024.
Consequentemente, a área potencial tratada (PAT) registrou um aumento expressivo de 24%, alcançando 386 milhões de hectares. Esse avanço mostra o uso mais intenso de produtos e misturas ao longo do ciclo.
Pressão de pragas e doenças eleva demanda
O avanço do manejo fitossanitário não aconteceu por acaso. Pelo contrário, ele foi impulsionado por uma forte pressão de pragas e doenças fúngicas.
Além disso, o controle de plantas daninhas específicas exigiu aplicações mais frequentes e complexas. Assim, o uso de defensivos cresceu em volume e também em variedade, alterando o comportamento do mercado.
Mudança no ranking de categorias
Os inseticidas foliares continuaram liderando o mercado. Eles representaram 38% das vendas, com movimentação de US$ 891 milhões, ante US$ 1,008 bilhão no ciclo anterior.
Enquanto isso, os fungicidas foliares alcançaram a segunda posição pela primeira vez, com 21% das transações e US$ 500 milhões movimentados.
Em contrapartida, os herbicidas perderam espaço. Eles ficaram com 20% do mercado e US$ 466 milhões em vendas, abaixo dos US$ 543 milhões do ano anterior.
Os produtos para tratamento de sementes movimentaram US$ 306 milhões, cerca de 13% do total. Por fim, nematicidas e outros itens corresponderam a 8% do mercado, somando US$ 195 milhões.
Produtos premium ganham espaço
O estudo também revelou aumento no uso de lagarticidas foliares, nematicidas e fungicidas premium. De forma geral, a adoção de nematicidas subiu de 33% para 44% da área cultivada.
Consequentemente, a área tratada atingiu 7,43 milhões de hectares. Os fungicidas premium representaram 49% dos investimentos em controle de doenças, movimentando US$ 245 milhões.
Além disso, a aplicação média aumentou de 33% para 51%, com cerca de 1,4 aplicação por ciclo. A área tratada com fungicidas stroby mix manteve a liderança, com 42% de participação e 7,098 milhões de hectares.
O uso de inseticidas para lagartas também subiu. Enquanto isso, o número médio de aplicações passou de 2,3 para 2,8por ciclo, e a participação no mercado cresceu de 20% para 31%.
No segmento de herbicidas, houve avanço nos subgrupos premium grass, que passaram de 23% para 28%, e nos de dessecação e amplo espectro, que subiram de 19% para 38%.
Mato Grosso lidera a produção
Entre os estados produtores, Mato Grosso manteve a liderança. O estado respondeu por 43% da área total, com cerca de 7,25 milhões de hectares.
Além disso, o Paraná registrou crescimento de 14%, chegando a 2,7 milhões de hectares e representando 16% do total. Goiás e Mato Grosso do Sul empataram com 13% cada, cerca de 2,21 milhões de hectares.
Por fim, Bahia, Mapitopa, Minas Gerais, São Paulo e Sergipe completaram os 15% restantes.
Metodologia do levantamento
O levantamento foi feito com base em 2,2 mil entrevistas com produtores rurais nas principais regiões produtoras de milho da segunda safra.
Dessa forma, o estudo mostra que, mesmo com a queda no faturamento, a adoção de tecnologias e a intensidade de uso de defensivos seguem em crescimento.
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Texto publicado originalmente em Destaque
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