Mercado de algodão se mantém estável e atento ao clima e comércio
Preços do algodão seguem estáveis entre 66 e 69 c/lb enquanto clima, China e EUA podem alterar cenário global do mercado.
Por: Redação RuralNews
O setor permanece atento a fatores que podem alterar esse equilíbrio, como o clima nos EUA, leis de incentivo ao uso do algodão e avanços comerciais entre China e EUA.
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O contrato Dez/25 do algodão em Nova York fechou cotado a 66,28 U$c/lb (-0,9% frente a 18/09), enquanto Dez/26 ficou em 69,35 U$c/lb (-0,5%). No mercado asiático, o basis médio do algodão brasileiro para embarque Out/Nov-25 foi de 783 pontos (Middling 1-1/8").
O preço abaixo do custo pode levar produtores a migrar para culturas mais lucrativas, aliviando a pressão sobre o contrato Dez/25. Além disso, a rolagem de compras não fixadas para março de 2026 reduz a urgência de fixação imediata e equilibra o mercado. Exportações semanais dos EUA seguem razoáveis, com demanda real na Ásia e Mediterrâneo. Relatos de estoques levemente menores na China indicam que a indústria local não está superabastecida, favorecendo compras externas, principalmente do Brasil.
A demanda global permanece fraca, com consumo estagnado e poucos pedidos das fábricas. O mercado segue plenamente abastecido e os fundos especulativos continuam vendidos, rolando posições de dezembro para março e aproveitando o carry.
A previsão da Cotlook para a produção global em 2025/26 foi revista para 25,9 milhões de toneladas, enquanto o consumo deve somar 25,4 milhões de toneladas, queda de 0,7% frente ao ciclo anterior. No Brasil, a safra 2024/25 pode alcançar novo recorde, estimada em 4,11 milhões de toneladas, de acordo com a Abrapa.
Nos EUA, as lavouras apresentaram 47% em condição boa ou excelente, mas houve queda em relação à semana anterior. Na China, a produção foi de 7,216 milhões de toneladas, e o consumo projetado para 2025/26 subiu para 8,42 milhões de toneladas. Agosto registrou importações de 72,7 mil toneladas, com Austrália e Brasil como principais fornecedores.
No Vietnã, a demanda pelo algodão brasileiro permanece fraca, enquanto o algodão australiano se fortaleceu. Bangladesh já contratou cerca de 200 mil toneladas de algodão, com projeção de adquirir até 500 mil toneladas do Brasil até julho de 2026, representando 28% das importações do país.
A produção da Índia em 2025/26 está estimada em 5,19 milhões de toneladas, mesmo com queda de 5% na área plantada. O Paquistão enfrenta clima quente e seco, com previsão de produção entre 1,02 e 1,19 milhão de toneladas. A Austrália estima produção de 1,18 milhão de toneladas na safra 24/25.
Até 25 de setembro de 2025, as exportações brasileiras somaram 104,6 mil toneladas em setembro, média diária 13,6% menor que em 2024. A colheita nacional alcançou 99,74% da área total, com o beneficiamento atingindo 45,99%.
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Texto publicado originalmente em Notícias
Preços em Nova York e Basis Ásia

Mercado de algodão mantém preços estáveis, mas clima e comércio internacional podem mudar tendência. Foto: Canva
O contrato Dez/25 do algodão em Nova York fechou cotado a 66,28 U$c/lb (-0,9% frente a 18/09), enquanto Dez/26 ficou em 69,35 U$c/lb (-0,5%). No mercado asiático, o basis médio do algodão brasileiro para embarque Out/Nov-25 foi de 783 pontos (Middling 1-1/8").
Fatores altistas
O preço abaixo do custo pode levar produtores a migrar para culturas mais lucrativas, aliviando a pressão sobre o contrato Dez/25. Além disso, a rolagem de compras não fixadas para março de 2026 reduz a urgência de fixação imediata e equilibra o mercado. Exportações semanais dos EUA seguem razoáveis, com demanda real na Ásia e Mediterrâneo. Relatos de estoques levemente menores na China indicam que a indústria local não está superabastecida, favorecendo compras externas, principalmente do Brasil.
Fatores baixistas
A demanda global permanece fraca, com consumo estagnado e poucos pedidos das fábricas. O mercado segue plenamente abastecido e os fundos especulativos continuam vendidos, rolando posições de dezembro para março e aproveitando o carry.
Produção e consumo global
A previsão da Cotlook para a produção global em 2025/26 foi revista para 25,9 milhões de toneladas, enquanto o consumo deve somar 25,4 milhões de toneladas, queda de 0,7% frente ao ciclo anterior. No Brasil, a safra 2024/25 pode alcançar novo recorde, estimada em 4,11 milhões de toneladas, de acordo com a Abrapa.
Condições nos EUA e China
Nos EUA, as lavouras apresentaram 47% em condição boa ou excelente, mas houve queda em relação à semana anterior. Na China, a produção foi de 7,216 milhões de toneladas, e o consumo projetado para 2025/26 subiu para 8,42 milhões de toneladas. Agosto registrou importações de 72,7 mil toneladas, com Austrália e Brasil como principais fornecedores.
Mercado asiático e Bangladesh
No Vietnã, a demanda pelo algodão brasileiro permanece fraca, enquanto o algodão australiano se fortaleceu. Bangladesh já contratou cerca de 200 mil toneladas de algodão, com projeção de adquirir até 500 mil toneladas do Brasil até julho de 2026, representando 28% das importações do país.
Outros países produtores
A produção da Índia em 2025/26 está estimada em 5,19 milhões de toneladas, mesmo com queda de 5% na área plantada. O Paquistão enfrenta clima quente e seco, com previsão de produção entre 1,02 e 1,19 milhão de toneladas. A Austrália estima produção de 1,18 milhão de toneladas na safra 24/25.
Exportações e colheita no Brasil
Até 25 de setembro de 2025, as exportações brasileiras somaram 104,6 mil toneladas em setembro, média diária 13,6% menor que em 2024. A colheita nacional alcançou 99,74% da área total, com o beneficiamento atingindo 45,99%.
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