La Niña pode provocar estiagem no Centro-Sul e afetar produtividade das lavouras em outubro
Fenômeno deve se formar em outubro e se estender até fevereiro de 2026, aumentando o risco de seca nas lavouras
Por: Redação RuralNews
Início do plantio coincide com incertezas climáticas
O início do plantio da soja ocorre justamente nesse cenário de instabilidade. Com o fim do vazio sanitário em boa parte das regiões produtoras, os agricultores se preparam para semear a principal cultura do país em meio à possibilidade de chuvas irregulares. Além disso, estados como Paraná, Rio Grande do Sul, São Paulo, Goiás e Mato Grosso do Sul podem enfrentar períodos mais secos, o que tende a reduzir o potencial produtivo da soja e também do milho verão.

La Niña no Centro-Sul pode reduzir produtividade e aumentar o risco de seca nas lavouras. Foto: Canva
Segundo especialistas, o momento é decisivo, pois o La Niña deve atuar nas fases iniciais do ciclo das lavouras. Essa etapa influencia diretamente o enchimento de grãos. Por isso, o manejo das áreas precisa priorizar o fortalecimento das raízes, o equilíbrio térmico e o controle de fungos de solo.
Risco de pragas e danos fisiológicos aumenta
A estiagem favorece a ação de patógenos como nematoides, que se alimentam das raízes e dificultam a absorção da pouca água disponível. Como resultado, as plantas sofrem estresse hídrico e perdem vigor. Além disso, fungos como Fusarium solani f.sp. phaseoli (podridão-radicular-seca) e Macrophomina phaseolina (podridão-de-carvão) se tornam mais agressivos em períodos secos, causando danos significativos às lavouras.
Outro ponto de atenção é a fitotoxicidade. Em situações de baixa umidade, misturas inadequadas ou dosagens incorretas de produtos podem causar queimaduras nas folhas e prejudicar a fotossíntese. Consequentemente, há redução no desenvolvimento das plantas. Em casos mais graves, o problema pode levar à morte dos cultivos.
Diante desse cenário, os especialistas recomendam atenção redobrada à qualidade da irrigação, ao manejo biológico e à conservação da umidade no solo. Essas medidas, portanto, ajudam a mitigar os efeitos da seca e aumentam a resiliência das plantas em períodos críticos.
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Texto publicado originalmente em Notícias
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