Frutas mais vendidas no atacado registram forte queda nos preços

O mamão apresentou uma redução de 16,89% na média ponderada de preços, explicada pelo aumento da oferta da variedade papaya, especialmente na primeira quinzena de maio, e pela menor demanda decorrente das temperaturas mais baixas. A laranja caiu 12,55%, mesmo com a presença das frutas precoces, consideradas de melhor qualidade. A concorrência com outras frutas, como a mexerica poncã, também influenciou na queda.
A melancia teve retração de 11,82% na média ponderada, reflexo do clima. Já a banana recuou cerca de 2%, com aumento da produção da variedade nanica em regiões como o norte de Santa Catarina, norte de Minas Gerais e microrregião de Registro (SP), favorecida pelo clima ideal para o amadurecimento.

Na contramão, o preço da maçã apresentou leve alta de 1,28% na média ponderada, puxada pelo encerramento da colheita da variedade Fuji nos estados do Sul.

Hortaliças

Entre as hortaliças, o tomate registrou queda pelo segundo mês seguido, com recuo de 14,79% na média ponderada, influenciado pelo início da safra de inverno. A tendência é de novas quedas com o avanço da colheita.

Por outro lado, alface, batata, cebola e cenoura tiveram aumento nos preços. A batata subiu 4,99%, mas com variação entre as Ceasas. A alface registrou alta de 6,68% e a cebola teve aumento de 21,41% em maio, apesar de ainda estar abaixo dos valores praticados em 2024. Já a cenoura subiu 8,36%, com alta registrada na primeira metade do mês e recuo nas semanas seguintes.

Exportações em alta

As exportações de frutas somaram 486 mil toneladas entre janeiro e maio, alta de 24% em comparação com o mesmo período de 2024, segundo o Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (MDIC). O faturamento foi de US$ 548,7 milhões, 12,3% superior ao registrado no mesmo intervalo do ano passado.

Balanço de comercialização

A Conab também divulgou um balanço da comercialização de frutas e hortaliças em 2024 nas Ceasas. No total, foram movimentadas cerca de 17 milhões de toneladas de hortigranjeiros, somando R$ 75,7 bilhões. Em comparação com 2023, houve queda de 3,53% no volume e aumento de 13,96% no valor transacionado, impulsionado pela elevação dos preços e pelo impacto de fatores climáticos.
Texto publicado originalmente em Notícias