Politica nacional 07-05-2025 | 10:27:00

FPA pressiona ministro por invasões do MST e atuação do governo

Para Rodolfo Nogueira, governo federal foi conivente e omisso com invasões do MST

Por: Redação RuralNews

O ministro do Desenvolvimento Agrário, Paulo Teixeira, foi chamado a prestar esclarecimentos sobre as ações da pasta, mas enfrentou duras críticas de deputados da Frente Parlamentar da Agropecuária (FPA), especialmente em relação ao avanço das invasões de propriedades desde o início da atual gestão.
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Para o presidente da CAPADR, deputado Rodolfo Nogueira (PL-MS), os dados referentes às invasões de terras são alarmantes. Ele destacou que só no primeiro ano da atual administração foram 72 ocorrências, número que supera o total registrado entre 2019 e 2022. “Nos resta questionar se algo está sendo feito. Porque o que vemos é uma conivência e uma omissão absurda de todos do governo”, afirmou.
Foto: FPA/divulgação


Nogueira também levantou suspeitas sobre a participação de integrantes do MST em comitês voltados à promoção da paz no campo, o que, segundo ele, evidencia um alinhamento preocupante entre o governo, o ministério e movimentos sociais ligados a invasões.

O deputado Evair de Melo (PP-ES), coordenador de Direito de Propriedade da FPA, foi na mesma linha e criticou a apropriação de termos como "reforma agrária" e "agricultura familiar" por grupos ideológicos.

Segundo ele, o MST busca monopolizar essas pautas e deslegitimar experiências bem-sucedidas e legais de distribuição de terras. “Onde a reforma agrária é feita de forma justa, o MST sequer aparece”, afirmou.

Já a deputada Carolina de Toni (PL-SC) reforçou que o MDA deve explicações à sociedade. Ela classificou a situação vivida por famílias assentadas como “cruel” e afirmou que, desde 2016, havia um processo clandestino de escolha das terras a serem invadidas. “O MST, um grupo terrorista que, mediante violência, escolhia qual terra seria tomada e quem seria beneficiado. Isso voltou a acontecer em 2023 com a atual gestão”, disse. A parlamentar apontou ainda que a média de produção agrícola das famílias assentadas não chega a um salário mínimo por mês, o que evidencia um modelo falho, segundo ela, baseado em clientelismo político.

A audiência também abordou a situação do Rio Grande do Sul após as fortes chuvas de 2024. O deputado Marcel van Hattem (Novo-RS) lamentou o abandono dos produtores rurais afetados, que ainda enfrentam dificuldades para acessar crédito e programas emergenciais. “Produtores que trabalharam a vida inteira estão sem nada e continuam desamparados. O governo não dá a resposta que o momento exige”, criticou.

Ao final, parlamentares da FPA destacaram que muitas das perguntas não foram respondidas de forma satisfatória por Paulo Teixeira. A ministra do Meio Ambiente, Marina Silva, que também prestaria esclarecimentos à Comissão nesta quarta-feira (7), cancelou sua participação.

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FPA - Ministro - Invasões - MST - Governo Federal - Frente Parlamentar da Agropecuária


Texto publicado originalmente em Notícias
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