Fenasucro e Agrocana reforça Brasil como polo da bioenergia

Na cerimônia, Rosana Amadeu, presidente do CEISE Br, destacou a força da indústria da bioenergia. Ela afirmou que essa indústria é essencial para a transição energética e, consequentemente, para o crescimento sustentável da bioeconomia. Além disso, o evento funciona como vitrine, conectando fornecedores, prestadores de serviços, centros de pesquisa e consumidores.
O ministro Márcio França representou o Governo Federal e elogiou o papel da feira na promoção do etanol e da energia limpa. Já Guilherme Piai, secretário de Agricultura de São Paulo, ressaltou a “revolução energética” no estado. Além disso, ele citou a expansão da rede de biometano em Presidente Prudente, que abastecerá milhares de residências, comércios e indústrias com combustível renovável.

Embora não tenha comparecido, o vice-presidente Geraldo Alckmin enviou mensagem em vídeo. Nela, reafirmou o compromisso do Brasil em buscar novos mercados para o “combustível do futuro”, citando China e Japão. Ele também destacou avanços nas Rotas de Combustível Sustentável para Aviação (SAF) e, ainda, no programa Carro Sustentável, que reduz impostos para veículos eficientes fabricados no país.

Capacitação e debates para o futuro da bioenergia

Durante a abertura, a União Nacional da Bioenergia (UDOP) e o Senai-SP assinaram protocolo de intenções. O acordo visa qualificar a mão de obra e acelerar a adoção de novas tecnologias no setor. Na mesma ocasião, a 12ª Conferência DATAGRO Ceise Br Fenasucro reforçou o papel do Brasil na transição energética global. Plinio Nastari, presidente da DATAGRO, lembrou que metade da matriz energética interna do país é renovável, a maior do mundo.

Além disso, o deputado federal Arnaldo Jardim defendeu que o Brasil trate a bioenergia como prioridade estratégica nacional. Ele destacou o potencial do país no biometano, nos biocombustíveis e no combustível sustentável para aviação. Além disso, ressaltou que esses combustíveis absorvem carbono em vez de emitir.

Na manhã do evento, a Canaoeste promoveu painel sobre a importância da integração entre produtores e usinas. Líderes do setor discutiram desafios, como custos invisíveis. Também apresentaram dados da safra passada e projeções para 2025/2026, estimada em 594 milhões de toneladas de cana. Durante o evento, foram entregues certificados do programa CanaoesteGreen.

O evento oferece mais de 100 horas de conteúdo técnico e painéis estratégicos. A programação segue até sexta-feira (15) e aborda temas como mobilidade de baixo carbono, biocombustíveis e energias renováveis.
Texto publicado originalmente em Notícias