Exportações gaúchas de setembro crescem em setembro

Além disso, o agronegócio respondeu por 73% do valor total exportado pelo estado (US$ 2,2 bilhões) e por 90% do volume. No acumulado do ano, entre janeiro e setembro de 2025, os embarques somaram US$ 10,6 bilhões.

Impacto da guerra comercial com os Estados Unidos

Os Estados Unidos, que normalmente figuram entre os principais parceiros comerciais do RS, caíram para 14º lugar em setembro. O valor exportado caiu 75%, de US$ 94 milhões em set/24 para US$ 23,8 milhões em set/25. O volume recuou 62%.

Além disso, as exportações de Carne Bovina diminuíram 70% em valor e 81% em volume. Couros e Peles de Bovino Crust caíram 97% em valor e volume, enquanto Couros e Peles Preparados caíram 62% em valor e 51% em volume. O Sebo Bovino recuou 54% em valor e 61% em volume.

Por outro lado, o grupo de Fumo e derivados caiu 94% em valor e 79% em volume. Produtos Apícolas tiveram queda de 8% em valor e 41% em volume. Produtos Florestais caíram 66% em valor e 58% em volume, enquanto celulose caiu 69% em valor e 54% em volume. Além disso, as exportações de madeira caíram 67% em valor e 72% em volume.

Carnes e fumo sustentam crescimento

Apesar das quedas para os EUA, o aumento geral das exportações se deve ao bom desempenho das carnes, especialmente bovina e suína, e do fumo.

Entretanto, a carne de frango sofreu com a gripe aviária e Newcastle, caindo 3% em valor e 2% em volume, mas no acumulado do ano apresenta alta de 3%, destacando a resiliência do setor. Japão e Filipinas aparecem como principais mercados da carne de frango, sendo este segundo também importante parceiro da carne suína.

Além disso, o arroz teve forte queda, contribuindo para menor preço do cereal, enquanto o fumo e derivados cresceram de US$ 276 milhões em set/24 para US$ 391 milhões em set/25.

Principais parceiros comerciais do RS

Em setembro, a Ásia (excluindo Oriente Médio) foi o principal destino das exportações do agro gaúcho, com US$ 960 milhões e 1,84 milhão de toneladas. A Europa ficou em segundo, com US$ 366 milhões, sendo US$ 260 milhões para a União Europeia. Em seguida, o Oriente Médio recebeu US$ 111 milhões.

Entre os países, a China lidera com US$ 666 milhões (46,2% do valor), seguida da Bélgica com 7,3%, Filipinas com 4,3%, Suíça com 3,7% e Coreia do Sul com 3,6%.
Texto publicado originalmente em Destaque