Exportações do agronegócio somam US$ 15,6 bilhões em julho

Soja mantém liderança nas vendas externas

O desempenho foi impulsionado, principalmente, pelos embarques de soja em grãos, que somaram 12,3 milhões de toneladas, alta de 9% frente a julho de 2024. A demanda chinesa foi determinante, respondendo por 75% das compras no acumulado do ano até julho. Apesar do aumento no volume, o preço médio recuou 7,1%, para US$ 409,7 por tonelada. No complexo soja, o farelo registrou avanço de 7,2% no volume exportado, enquanto o óleo teve queda de 31%.

Proteínas impulsionam receita com preços mais altos

Nas proteínas, a carne bovina in natura alcançou volume recorde de 277 mil toneladas, 17% acima do mesmo período de 2024. Os preços médios subiram 26%, chegando a US$ 5.551 por tonelada.

Já a carne de frango, após queda por conta da gripe aviária, voltou a crescer frente a junho. Mesmo assim, o volume permaneceu 22% abaixo de julho do ano passado. A carne suína recuou 5,2% em volume na comparação anual, mas registrou preços médios 9,3% mais altos.

Açúcar recua e etanol dispara nas exportações

Entre os produtos do setor sucroenergético, o etanol teve destaque com aumento de 72% no volume exportado, enquanto o açúcar bruto e o refinado recuaram, tanto em quantidade quanto em valor. No mercado de grãos, o milho registrou queda de 31% nas exportações, refletindo menor oferta, mas teve alta de 5,8% no preço médio em relação ao mesmo mês de 2024.

De acordo com a Consultoria Agro do Itaú BBA, o cenário mostra que, mesmo com oscilações nos preços internacionais, a competitividade brasileira em produtos-chave como soja e carne bovina mantém o país entre os líderes globais no comércio agrícola.
Texto publicado originalmente em Notícias