Tabaco 01-06-2025 | 7:05:00

Exportações de tabaco crescem quase 18% e alcançam recorde no primeiro quadrimestre de 2025

Produto movimenta bilhões em divisas e tributos, gerando mais de 40 mil empregos especialmente para os estados do Sul do país

Por: Redação RuralNews

Em volume, foram embarcadas 133.484 toneladas de tabaco, aumento de 4% em comparação com os primeiros quatro meses do ano passado. Esse avanço reforça a relevância do produto para a balança comercial brasileira, que vem apresentando uma trajetória positiva ao longo da última década.
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O Rio Grande do Sul, principal produtor nacional, lidera as exportações do setor, com US$ 739,7 milhões gerados no primeiro quadrimestre de 2025, valor 12,1% superior ao registrado no mesmo período de 2024. O tabaco foi o principal produto exportado pelo estado nesse intervalo, seguido por suínos, aves e cereais.
Foto: SindiTabaco / Divulgação


De acordo com a Federação das Indústrias do Estado do Rio Grande do Sul (Fiergs), o tabaco foi o produto mais exportado em janeiro, com US$ 405,1 milhões. Em fevereiro, ficou em segundo lugar, com US$ 131,7 milhões, atrás apenas dos alimentos. Em março e abril, as exportações somaram, respectivamente, US$ 122,4 milhões e US$ 143,2 milhões.

Valmor Thesing, presidente do Sindicato Interestadual da Indústria do Tabaco (SindiTabaco), destaca a importância econômica do setor para a Região Sul. Segundo ele, o setor gera mais de 40 mil empregos diretos e contribui com cerca de R$ 17 bilhões em tributos anuais. A previsão é que, ao fim de 2025, as exportações alcancem US$ 3 bilhões, com um crescimento estimado entre 10% e 15% em relação a 2024, conforme pesquisa encomendada à consultoria Deloitte.

Além do impacto econômico direto, o setor investe em sustentabilidade e influencia positivamente as comunidades onde está presente. Os 133 mil produtores rurais recebem R$ 12 bilhões em renda, o que movimenta o comércio e os serviços em mais de 500 municípios produtores.

O tabaco é a principal fonte de renda para pequenas propriedades, que têm em média 14,5 hectares. Essas propriedades são diversificadas e aplicam boas práticas agrícolas, incentivadas pelas indústrias por meio do Sistema Integrado de Produção de Tabaco (SIPT), que apoia a produção sustentável e a agricultura familiar.

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Texto publicado originalmente em Notícias
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