Em meio a queda de produção em SP, mercado de laranja cresce em MG
Greening e mudanças climáticas afetam safra de São Paulo, enquanto Minas Gerais ganha protagonismo, atraindo novos investimentos e ampliando sua participação no setor
Por: Redação RuralNews
De acordo com a terceira reestimativa da safra 2024/25 do Fundecitrus, a produção no cinturão citrícola de São Paulo e Triângulo Mineiro deve alcançar 228,52 milhões de caixas, um leve aumento de 2,4% em relação à estimativa anterior, mas ainda 1,7% abaixo da projeção inicial.
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Para Maick Alcântara, especialista em polpa cítrica da JPA Agro, essa redução reforça os desafios enfrentados pelos produtores paulistas, que lidam com altas taxas de queda de frutos e infestações da praga Candidatus Liberibacter, causadora do greening.
"A citricultura paulista vive um momento desafiador, com o avanço do greening afetando a longevidade dos pomares e exigindo maior investimento em controle fitossanitário. Enquanto isso, Minas Gerais, com um clima favorável e menores incidências da doença, está se tornando um destino estratégico para novos plantios e investimentos", analisa Maick.
"Nos últimos anos, Minas Gerais tem demonstrado um enorme potencial para a citricultura. Além de menos impacto do greening, há um solo adequado e uma logística eficiente, o que torna o estado cada vez mais competitivo nesse mercado", explica Maick Alcântara.
Em 2024, os produtores mineiros ampliaram seus plantios em 15%, especialmente nas regiões do Triângulo Mineiro e Sul de Minas, onde há melhor adaptação climática para a cultura. Esse movimento indica um reposicionamento do setor, que busca diversificação para garantir a oferta contínua ao mercado.
A produção de suco de laranja também deve aumentar, com estimativa de 1,01 milhão de toneladas na safra 2025/26, alta de 8,8% em relação ao ciclo anterior. A demanda internacional segue aquecida, com projeção de crescimento de 9,11% nas exportações, totalizando 953 mil toneladas embarcadas.
"A tendência é de uma recuperação gradual, mas os impactos do greening em São Paulo ainda preocupam. Minas Gerais deve continuar expandindo sua participação no setor, consolidando-se como um novo polo estratégico para a citricultura brasileira", conclui Alcântara.
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Texto publicado originalmente em Notícias
Para Maick Alcântara, especialista em polpa cítrica da JPA Agro, essa redução reforça os desafios enfrentados pelos produtores paulistas, que lidam com altas taxas de queda de frutos e infestações da praga Candidatus Liberibacter, causadora do greening.

MG vem se destacando como novo polo de citricultura em ano de recuperação para o setor
"A citricultura paulista vive um momento desafiador, com o avanço do greening afetando a longevidade dos pomares e exigindo maior investimento em controle fitossanitário. Enquanto isso, Minas Gerais, com um clima favorável e menores incidências da doença, está se tornando um destino estratégico para novos plantios e investimentos", analisa Maick.
Minas Gerais em ascensão
Com cerca de 40 mil hectares plantados, Minas Gerais já responde por 10% da produção nacional de laranja, segundo dados do Instituto Mineiro de Agropecuária (IMA). O estado tem atraído novos investidores, impulsionado por terras mais baratas, menor incidência de pragas e condições climáticas mais estáveis."Nos últimos anos, Minas Gerais tem demonstrado um enorme potencial para a citricultura. Além de menos impacto do greening, há um solo adequado e uma logística eficiente, o que torna o estado cada vez mais competitivo nesse mercado", explica Maick Alcântara.
Em 2024, os produtores mineiros ampliaram seus plantios em 15%, especialmente nas regiões do Triângulo Mineiro e Sul de Minas, onde há melhor adaptação climática para a cultura. Esse movimento indica um reposicionamento do setor, que busca diversificação para garantir a oferta contínua ao mercado.
Perspectivas para 2025
As projeções indicam uma recuperação moderada da produção brasileira de laranja em 2025, com expectativa de 320 milhões de caixas, segundo o Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA). Esse volume representa um crescimento de 6,6% em relação a 2024, que registrou uma das menores safras das últimas décadas.A produção de suco de laranja também deve aumentar, com estimativa de 1,01 milhão de toneladas na safra 2025/26, alta de 8,8% em relação ao ciclo anterior. A demanda internacional segue aquecida, com projeção de crescimento de 9,11% nas exportações, totalizando 953 mil toneladas embarcadas.
"A tendência é de uma recuperação gradual, mas os impactos do greening em São Paulo ainda preocupam. Minas Gerais deve continuar expandindo sua participação no setor, consolidando-se como um novo polo estratégico para a citricultura brasileira", conclui Alcântara.
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