Destinação de defensivos ilegais tem queda em 2024
A redução está ligada à queda nas operações e apreensões.
Por: Redação RuralNews
De acordo com Nilto Mendes, gerente de combate a produtos ilegais da entidade, o recuo tem relação direta com a redução no número de operações e apreensões realizadas pelas autoridades públicas em 2024. “Uma fiscalização mais intensa tende a inibir práticas ilegais. Quando o número de operações cai, o impacto nas apreensões e nas destinações é imediato. Ainda há muito a ser feito, e o trabalho dos órgãos públicos é fundamental”, afirma.

Foto: Divulgação/CropLife Brasil
Nos últimos quatro anos, cerca de 1.400 toneladas de defensivos ilegais foram destinadas à incineração pela indústria. O processo deve ser feito exclusivamente em usinas capacitadas, por conta da presença de resíduos químicos. A destinação adequada depende da atuação conjunta com órgãos como o Ministério da Agricultura, Anvisa, Ibama e forças de segurança como as polícias federal, rodoviária, civil e militar.
O diretor-presidente da CropLife Brasil, Eduardo Leão, reforça os riscos do uso de insumos irregulares: “É uma ameaça à saúde de quem aplica, de quem consome e também à economia. O combate ao comércio ilegal precisa ser acompanhado de conscientização no campo.”
Goiás tem alta expressiva nas destinações
Apesar da tendência nacional de queda, Goiás registrou aumento de 350% no volume destinado em 2024. Foram 67,2 toneladas incineradas no estado, contra 15 toneladas no ano anterior. O destaque foi uma apreensão feita pela Polícia Militar em abril, em Caldas Novas (GO), que resultou na descoberta de 40,9 toneladas de produtos falsificados em uma fábrica clandestina.Mesmo com esse crescimento, Goiás ainda ficou atrás do Paraná, que destinou 101,35 toneladas, e de São Paulo, com 81,67 toneladas. No caso paranaense, boa parte do material foi fruto de contrabando interceptado na fronteira de Foz do Iguaçu.
Nilto Mendes destaca que Goiás tem posição estratégica nas rotas de circulação desses produtos. “É um estado de passagem para cargas ilegais que entram pelo Paraguai, via Paraná e Mato Grosso do Sul, e seguem para regiões como o Matopiba”, explica.
TAGS:
defensivos - Defensivos Agrícolas - Defensivos ilegais
Texto publicado originalmente em Notícias
Leia também: