Feiras 22-01-2025 | 11:00:00

Coopershow apresentará estratégias de manejo para mitigar perdas com queimadas em SP

Queimadas nos canaviais, instabilidade no mercado de insumos e clima imprevisível desafiam os produtores do interior de SP, que visitam a Coopershow em busca de soluções que podem ajudá-lo a driblar os desafios

Por: Redação RuralNews

Para a 18ª edição, em 2025, a Coopershow mantém a sua proposta de ser a visibilidade tecnológica entregue ao produtor rural. A feira, realizada entre os dias 28 e 31 de janeiroem Cândido Mota (SP), continua com a sua programação repleta de informação, por meio de palestras e eventos realizadas na Arena Conhecimento, e de fomento à equidade de gênero, por meio da Arena Mulher, com atividades específicas que destacam o papel da mulher neste mercado.
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Em 2024, a feira ampliou a sua realização para quatro dias, alcançando um total aproximado de 23 mil pessoas e 200 expositores. Insumos, máquinas, equipamentos, serviços variados, animais e inovações fazem parte dos produtos apresentados ao visitante.O cenário agrícola no estado de São Paulo tem sido marcado por desafios e oportunidades, especialmente diante das condições climáticas variáveis.
A Coopershow é uma das principais feiras do setor e acontece em Cândido Mota (SP), de 28 a 31 de janeiro


A cana-de-açúcar, que segue como a principal cultura estadual, é destaque no evento. A cultura foi a que mais sofreu com queimadas e a retomada depende do clima. Já mais ao sul do estado destacam-se a produção de grãos, como soja, milho e sorgo, que também precisam de dias mais estáveis para uma boa desenvoltura.

"O clima mais favorável no último ciclo permitiu um melhor desenvolvimento das lavouras, com perspectivas de maior produtividade em relação ao ano passado, apesar de impactos localizados de veranicos", explica João Lucas, coordenador técnico de uma empresa de nutrição.João comenta que a adoção de novas tecnologias tem sido fundamental para minimizar perdas e aumentar a resiliência das lavouras. "O uso de biológicos, agricultura de precisão e práticas de conservação de solo tem crescido, refletindo uma evolução técnica no manejo das lavouras", destaca.

Ele lembra, ainda, que a alta umidade e temperaturas elevadas têm influenciado a dinâmica de pragas, exigindo monitoramento constante e estratégias mais eficazes de controle. "Essas condições aceleram o metabolismo das pragas e encurtam seu ciclo de reprodução, o que pode aumentar significativamente a população nas lavouras", alerta o agrônomo.

No cenário externo, os preços do açúcar, café e citros seguem favoráveis, impulsionando a produção paulista e reforçando sua competitividade no mercado internacional. “Com a instabilidade no mercado de insumos e a variação cambial, produtores precisam equilibrar custos e produtividade para manter a rentabilidade”, recomenda.

O agrônomo e coordenador técnico do setor de biológicos da empresa, Vinícius Vigela, comenta que os biológicos estão se destacando e podem ajudar os produtores brasileiros a mitigar os impactos das variações climáticas e melhorar a resiliência das lavouras e saúde do solo, aproveitando a crescente demanda por alimentos sustentáveis, por vários âmbitos.

“Os biológicos, quando aplicados no plantio por exemplo, promovem a fixação de nitrogênio atmosférico, estimulando o enraizamento e o desenvolvimento inicial da cultura. Além disso, ajudam a melhorar a estrutura do solo, aumentando sua capacidade de retenção de água e nutrientes”.

Ele segue explicando que os insumos de origem biológica oferecem resistência aos estresses abióticos, induzindo mecanismos de defesa contra seca, salinidade e temperaturas extremas, além de realizarem controle de pragas e doenças: “os bioinseticidas e biofungicidas se apresentam como uma alternativa mais segura e ambientalmente amigável, reduzindo a necessidade de aplicações químicas e preservando a biodiversidade”, finaliza.

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Coopershow - Feiras e Eventos - Cana de açúcar


Texto publicado originalmente em Notícias
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