Com safra recorde no mundo, preço do azeite pode cair no Brasil ao longo de 2025
Produção global em recuperação e fim da tarifa de importação criam cenário favorável, mas custos logísticos e tributários ainda pesam sobre o preço final
Por: Redação RuralNews
Dados do International Olive Council (IOC) apontam que a produção global de azeite na safra 2024/25 deve atingir 3,375 milhões de toneladas, somando todas as categorias. Se confirmada, a estimativa representa um crescimento de aproximadamente 32% em relação à temporada anterior, configurando uma das maiores recuperações produtivas da história recente.
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Essa ampliação da oferta mundial contribuiu para uma queda nos preços internacionais, que passaram de cerca de US$ 10 mil por tonelada em fevereiro de 2024 para cerca de US$ 5.500 por tonelada em janeiro de 2025. Esse movimento impacta diretamente o Brasil, que depende quase totalmente de azeite importado.
Apesar do cenário internacional mais favorável, diversos fatores internos ainda limitam uma queda mais acelerada nos preços ao consumidor. Entre os principais entraves estão contratos de importação já firmados com valores antigos, custos logísticos elevados (como transporte marítimo e seguros), e a incidência de tributos nacionais, como ICMS e PIS/COFINS.
Além disso, ainda há estoques adquiridos com preços mais altos no mercado, e a valorização do euro frente ao real também encarece as novas importações. A estrutura de distribuição e a percepção de valor atrelada ao produto — especialmente no segmento premium — também contribuem para a manutenção de margens mais elevadas.
Assim, mesmo com fundamentos que apontam para uma tendência de queda nos preços, o mercado brasileiro deve passar por um processo de ajuste progressivo ao longo do ano, condicionado por fatores estruturais internos que limitam a imediata transmissão das reduções internacionais.
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Texto publicado originalmente em Notícias
Essa ampliação da oferta mundial contribuiu para uma queda nos preços internacionais, que passaram de cerca de US$ 10 mil por tonelada em fevereiro de 2024 para cerca de US$ 5.500 por tonelada em janeiro de 2025. Esse movimento impacta diretamente o Brasil, que depende quase totalmente de azeite importado.
Alta produção global e corte de imposto devem favorecer queda gradual no preço do azeite no Brasil. Foto: Canva
Apesar do cenário internacional mais favorável, diversos fatores internos ainda limitam uma queda mais acelerada nos preços ao consumidor. Entre os principais entraves estão contratos de importação já firmados com valores antigos, custos logísticos elevados (como transporte marítimo e seguros), e a incidência de tributos nacionais, como ICMS e PIS/COFINS.
Além disso, ainda há estoques adquiridos com preços mais altos no mercado, e a valorização do euro frente ao real também encarece as novas importações. A estrutura de distribuição e a percepção de valor atrelada ao produto — especialmente no segmento premium — também contribuem para a manutenção de margens mais elevadas.
Assim, mesmo com fundamentos que apontam para uma tendência de queda nos preços, o mercado brasileiro deve passar por um processo de ajuste progressivo ao longo do ano, condicionado por fatores estruturais internos que limitam a imediata transmissão das reduções internacionais.
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