CNA destaca renovação do direito antidumping do alho
Governo renova tarifa antidumping sobre alho da China, protegendo produtores brasileiros e incentivando a produção local
Por: Redação RuralNews
Setor atuou ativamente na revisão
Além disso, Letícia Barony, assessora técnica da CNA, destaca que a Confederação e representantes do setor participaram de todas as etapas da revisão. Eles enviaram nota técnica aos ministérios, participaram de audiências públicas e elaboraram estudos detalhados sobre os impactos de uma possível suspensão da medida.

Produtores brasileiros de alho celebram medida que evita concorrência desleal e fortalece a agricultura familiar. Foto: CNA / Divulgação
O setor brasileiro de alho, com produção anual superior a 180 mil toneladas, é estratégico, principalmente para a agricultura familiar no Sul do país.
Letícia acrescenta que a produção nacional utiliza mão de obra intensiva e tecnologias modernas, como alho-semente livre de vírus e câmaras frias, garantindo ganhos de produtividade. Contudo, o setor enfrenta desafios, incluindo altos custos de produção e concorrência desleal do alho chinês subsidiado.
Histórico da medida antidumping
O Brasil aplica medidas antidumping sobre o alho chinês desde 1996, quando foi comprovado que o produto chegava ao mercado brasileiro a preços inferiores aos praticados na China. Desde então, a tarifa adicional foi renovada em 2000, 2006, 2012 e 2019. Nos últimos cinco anos, a medida esteve vigente pela Portaria SECINT nº 4.593/2019, estabelecendo tarifa de US$ 0,78/kg.
Como fica atualmente?
Agora, a Camex publicou a Resolução GECEX nº 797, mantendo a tarifa adicional de US$ 0,78/kg para proteger a produção nacional. Entretanto, exportadores listados na norma seguem um compromisso de preço, sem aplicação da tarifa adicional. Para esses casos, o preço de exportação CIF não pode ser inferior a US$ 1,69/kg.
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Texto publicado originalmente em Notícias
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