Ciclone extratropical traz risco de temporais e ventania no Sul do Brasil

De acordo com a Climatempo, o ciclone terá forte intensidade, com pressão abaixo de 1000 hPa. Por isso, há condições para rajadas entre 90 e 120 km/h, sobretudo no litoral e nas áreas serranas do Rio Grande do Sul e de Santa Catarina. Além disso, as nuvens carregadas podem provocar chuvas intensas, muitos raios e granizo, resultando em transtornos como queda de árvores e danos na rede elétrica.

Deslocamento

Na noite do dia 8, a baixa pressão se intensifica no sul do Paraguai e na fronteira gaúcha. Já na madrugada do dia 9, o ciclone estará organizado, deslocando-se de oeste para leste sobre o Rio Grande do Sul. À noite, o centro do sistema se aproxima da Grande Porto Alegre, aumentando ainda mais o risco de tempestades.

No dia 10, o ciclone avança para o mar, no litoral gaúcho. Entretanto, ele ainda se desloca lentamente antes de se afastar em direção ao alto-mar no dia 11. Apesar disso, o sistema continua gerando instabilidade no Sudeste e no Centro-Oeste, embora não avance completamente sobre essas regiões.

Por que ele preocupa?

Quanto menor a pressão atmosférica, maior a força dos ventos. Portanto, como esse ciclone pode atingir valores inferiores a 1000 hPa, o cenário é favorável a tempestades severas. O contraste de pressão acelera o ar e intensifica as rajadas, o que pode gerar microexplosões, macroexplosões e até tornados isolados.

Áreas em alerta

Entre os dias 8 e 11, todo o Sul enfrenta risco de chuva intensa e ventania. No Rio Grande do Sul, o risco aumenta já na madrugada de terça-feira, 9. Em Santa Catarina, os dias 9 e 10 serão os mais instáveis. Já no Paraná, a quarta-feira, 10, deve registrar as rajadas mais fortes.

No Sudeste, São Paulo, o centro-sul do Rio de Janeiro, o Sul e o Triângulo de Minas Gerais podem ter ventos mais fortes a partir do dia 9. Já em Mato Grosso do Sul, as rajadas ganham intensidade também na terça-feira.
Texto publicado originalmente em Notícias