Cavalos também precisam ser vacinados contra influenza aviária

Apesar da relevância do setor, muitos criadores ainda desconhecem a importância da imunização regular dos animais — não apenas os de raça ou de alto valor, mas também aqueles usados na lida diária. A baixa cobertura vacinal pode favorecer o surgimento de surtos, como o registrado em 2012, que começou no Chile e se espalhou por vários países da América do Sul, incluindo o Brasil.
Especialistas alertam que mesmo animais sem raça definida podem servir como vetores do vírus, colocando em risco todo o rebanho. Embora a influenza equina raramente leve à morte, ela tem alto potencial de transmissão, o que pode comprometer a produtividade dos animais, causar cancelamentos de eventos e representar prejuízos financeiros aos criadores.

“O rebanho brasileiro de equinos, que inclui cavalos, jumentos, mulas e burros, soma cerca de 6 milhões. Deste total, ao menos 1 milhão estão inseridos economicamente no mercado e carecem de cuidados preventivos contra doenças respiratórias”, informa Ferraz Luiz Eduardo Ferraz, diretor técnido da Dechra, uma empresa que atua na produção de vacinas e medicamentos veterinários.

A recomendação é que a vacinação seja feita em duas doses iniciais, com reforços semestrais ou anuais, dependendo do nível de exposição ao risco. "A prevenção continua sendo a forma mais eficaz de evitar perdas e garantir a saúde animal", afirma o especialista.
Texto publicado originalmente em Notícias