Brasil reforça parceria com a África do Sul em segurança alimentar
Seminário técnico em Pretória destacou regionalização sanitária como ferramenta para garantir previsibilidade comercial entre os países
Por: Redação RuralNews
O seminário destacou a regionalização sanitária como ferramenta técnica para a gestão de riscos e para a preservação da segurança alimentar. O tema do evento foi “South Africa–Brazil: A Successful Partnership – WOAH-based decisions for food security”.
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Participaram do encontro o embaixador do Brasil em Pretória, Benedicto Fonseca Filho, o secretário de Comércio e Relações Internacionais do Ministério da Agricultura e Pecuária, Luís Rua, e o diretor-geral do Departamento de Agricultura da África do Sul, Mooketsa Ramasodi. Também estiveram presentes representantes da indústria local, importadores, associações setoriais e técnicos dos dois países.
Durante o evento, os participantes ressaltaram a importância da regionalização prevista nos códigos da Organização Mundial de Saúde Animal (OMSA/WOAH). A medida permite que, em casos de doenças de notificação obrigatória, como a Influenza Aviária, apenas a área afetada sofra restrições comerciais.
Dessa forma, o fluxo de produtos provenientes de zonas livres permanece preservado. Segundo os organizadores, a adoção desse modelo reduz impactos desproporcionais ao comércio e contribui para a estabilidade do abastecimento.
No seminário, foi lembrado o impacto da suspensão total das exportações brasileiras em maio deste ano. Na ocasião, a interrupção temporária das compras afetou diretamente o mercado sul-africano, provocando alta de preços e escassez de insumos como o MDM, base da produção de alimentos processados e de programas sociais.
“Queremos ser parceiros da produção local, especialmente em segmentos em que a demanda não pode ser atendida internamente. A regionalização é uma solução equilibrada, baseada na ciência e reconhecida globalmente”, afirmou o presidente da ABPA, Ricardo Santin.
Além do seminário, a missão brasileira realizou reuniões bilaterais com autoridades sanitárias sul-africanas. Nessas agendas, foram discutidos temas como certificação digital, vigilância epidemiológica e protocolos de resposta a emergências sanitárias.
Para o gerente-executivo de mercados da ABPA, Estevão Carvalho, o diálogo técnico entre países é essencial para evitar rupturas no abastecimento. “A segurança alimentar é construída com confiança mútua e decisões baseadas em evidências. Quando há transparência e alinhamento de protocolos, toda a cadeia sai beneficiada”, destacou.
A etapa sul-africana integra a agenda internacional do Road Show 2025, que já passou pelas Filipinas, México e Peru. Em todos os países, o foco tem sido a promoção de decisões sanitárias proporcionais e o fortalecimento da confiança entre autoridades.
Nas Filipinas, a regionalização já foi adotada após um foco sanitário no Brasil. No Peru, além do seminário técnico, a ABPA participou da feira Expoalimentaria com quatro empresas brasileiras, gerando projeções de negócios superiores a US$ 71 milhões.
O Road Show Internacional terá continuidade em 2026, com novos seminários previstos em mercados considerados estratégicos para as exportações brasileiras.
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Texto publicado originalmente em Notícias
Participaram do encontro o embaixador do Brasil em Pretória, Benedicto Fonseca Filho, o secretário de Comércio e Relações Internacionais do Ministério da Agricultura e Pecuária, Luís Rua, e o diretor-geral do Departamento de Agricultura da África do Sul, Mooketsa Ramasodi. Também estiveram presentes representantes da indústria local, importadores, associações setoriais e técnicos dos dois países.
Autoridades participaram do Road Show Internacional 2025, em Pretória. Foto: ABPA / Divulgação
Regionalização ganha destaque no debate técnico
Durante o evento, os participantes ressaltaram a importância da regionalização prevista nos códigos da Organização Mundial de Saúde Animal (OMSA/WOAH). A medida permite que, em casos de doenças de notificação obrigatória, como a Influenza Aviária, apenas a área afetada sofra restrições comerciais.
Dessa forma, o fluxo de produtos provenientes de zonas livres permanece preservado. Segundo os organizadores, a adoção desse modelo reduz impactos desproporcionais ao comércio e contribui para a estabilidade do abastecimento.
No seminário, foi lembrado o impacto da suspensão total das exportações brasileiras em maio deste ano. Na ocasião, a interrupção temporária das compras afetou diretamente o mercado sul-africano, provocando alta de preços e escassez de insumos como o MDM, base da produção de alimentos processados e de programas sociais.
“Queremos ser parceiros da produção local, especialmente em segmentos em que a demanda não pode ser atendida internamente. A regionalização é uma solução equilibrada, baseada na ciência e reconhecida globalmente”, afirmou o presidente da ABPA, Ricardo Santin.
Diálogo técnico amplia previsibilidade comercial
Além do seminário, a missão brasileira realizou reuniões bilaterais com autoridades sanitárias sul-africanas. Nessas agendas, foram discutidos temas como certificação digital, vigilância epidemiológica e protocolos de resposta a emergências sanitárias.
Para o gerente-executivo de mercados da ABPA, Estevão Carvalho, o diálogo técnico entre países é essencial para evitar rupturas no abastecimento. “A segurança alimentar é construída com confiança mútua e decisões baseadas em evidências. Quando há transparência e alinhamento de protocolos, toda a cadeia sai beneficiada”, destacou.
A etapa sul-africana integra a agenda internacional do Road Show 2025, que já passou pelas Filipinas, México e Peru. Em todos os países, o foco tem sido a promoção de decisões sanitárias proporcionais e o fortalecimento da confiança entre autoridades.
Nas Filipinas, a regionalização já foi adotada após um foco sanitário no Brasil. No Peru, além do seminário técnico, a ABPA participou da feira Expoalimentaria com quatro empresas brasileiras, gerando projeções de negócios superiores a US$ 71 milhões.
O Road Show Internacional terá continuidade em 2026, com novos seminários previstos em mercados considerados estratégicos para as exportações brasileiras.
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