Brasil e Costa Rica ampliam comércio de arroz, feijão e sementes

A programação incluiu reuniões na sede da Embaixada, visitas a supermercados locais e inspeções em duas empresas do setor alimentício. Nesses encontros, a delegação conheceu os processos de produção, envase e distribuição. Ainda houve reunião com o Conselho Nacional de Produção (CNP), responsável por políticas de fomento, inclusão de pequenos e médios produtores e controle de qualidade de feijões importados. Além disso, o CNP atua na distribuição de sementes.

Potencial do mercado costarriquenho

A Adida Agrícola do Brasil na Costa Rica, Priscila Rech Pinto Moser, considerou a semana “extremamente positiva”. Ela ressaltou, ainda, o grande potencial do país para ampliar suas importações de arroz e feijão. “Esses alimentos têm papel central na dieta e na cultura costarriquenha. Estão presentes em refeições típicas como casado e gallo pinto, consumidos diariamente no café da manhã, almoço e jantar”, explicou.

O consumo per capita elevado de arroz (48 kg) e feijão (12 kg) na Costa Rica atrai o agronegócio brasileiro. Assim, o país se consolida como parceiro estratégico desses produtos. Portanto, a rodada de negócios foi uma oportunidade importante de aproximação entre empresários brasileiros e costarriquenhos, reforçando o comércio bilateral no setor agroalimentar.

Economia estratégica e oportunidades

Com cerca de 5 milhões de habitantes e PIB per capita de US$ 12.508, a Costa Rica é uma economia emergente com localização estratégica na América Central. Sua população, majoritariamente de classe média, valoriza produtos de qualidade e acompanha tendências internacionais. Além disso, o setor turístico é robusto: em 2024, o país recebeu aproximadamente 2,6 milhões de turistas, movimentando intensamente o canal HORECA (hotéis, restaurantes e cafeterias) e gerando demanda constante por alimentos e bebidas de padrão internacional.

Vale destacar que, em 2024, o Brasil exportou mais de US$ 272 milhões em produtos agropecuários para a Costa Rica. Entre eles, se destacam cereais, farinhas, preparações e complexo soja. Com isso, o país se mantém como parceiro estratégico na oferta de alimentos de qualidade.
Texto publicado originalmente em Notícias