Brasil e Chile digitalizam certificados fitossanitários e reduzem burocracia nas exportações

O anúncio ocorreu durante missão oficial do secretário de Comércio e Relações Internacionais do Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa), Luís Rua, ao Chile. O Serviço Agrícola e Pecuário (SAG), órgão chileno, confirmou o início da emissão digital em 10 de novembro.
Nesta fase inicial, o Brasil envia café em grão, sementes de beterraba e de girassol, rizomas de gengibre e grãos de pimenta com certificação eletrônica. Além disso, outras cargas continuam com certificados em PDF com assinatura digital, até que o sistema alcance todos os produtos.

Enquanto isso, o Chile passou a emitir o ePhyto em todas as exportações de frutas, verduras, legumes e produtos florestais destinados ao Brasil. Por outro lado, os certificados de reexportação seguem no formato físico, até a integração completa do sistema.

Benefícios da digitalização

A certificação eletrônica aumenta a agilidade na liberação das cargas, reduz custos logísticos e reforça a rastreabilidade das operações. Dessa forma, o comércio entre os dois países se torna mais eficiente e seguro.

Além disso, o envio eletrônico elimina a necessidade de papéis e deslocamentos, o que reduz riscos de fraude e acelera conferências aduaneiras. O sistema segue o padrão internacional da Convenção Internacional de Proteção de Plantas (IPPC), reconhecido em mais de 100 países.

O modelo também complementa a política brasileira de digitalização. O Certificado Sanitário Nacional (CSN), por exemplo, já ultrapassou 80 mil emissões eletrônicas em menos de um ano, reforçando a eficiência do novo formato.

Relações comerciais fortalecidas

Em 2024, o Brasil exportou mais de US$ 2 bilhões em produtos agropecuários para o Chile, com destaque para carnes, produtos florestais e o complexo soja. Portanto, a integração via ePhyto fortalece a parceria e estimula a competitividade no comércio agropecuário.
Texto publicado originalmente em Notícias