Biosseguridade garante reabertura de mercados ao frango paranaense

Em maio de 2025, o Brasil registrou, pela primeira vez, um caso de influenza aviária em granjas comerciais. O foco ficou isolado em Montenegro (RS), provocando o fechamento temporário de mercados externos para o frango brasileiro. Desde então, diversos países retomaram as importações. No entanto, China e partes da União Europeia ainda não reabriram totalmente seus mercados.

Foco na cultura e na capacitação

“Apesar de alguns mercados ainda não estarem abertos, já reconquistamos boa parte do nosso prestígio internacional. É questão de tempo até retomarmos mais negócios”, avaliou Diener Gonçalves, presidente da CT de Avicultura do Sistema FAEP. “Temos uma avicultura robusta e um sistema sanitário exemplar. Isso nos ajuda a reconquistar mercados após a crise da influenza aviária”, acrescentou Ágide Eduardo Meneguette, presidente interino do Sistema FAEP.

O consultor técnico em avicultura Marcos Scherer Junges afirmou que o Brasil é altamente competitivo no cenário global. Por isso, os produtores devem manter o foco na biosseguridade para acelerar a reabertura de mercados. Ele ressaltou que biosseguridade vai além de estruturas físicas, incluindo treinamento e consolidando uma cultura entre todos os elos da cadeia.

“É fundamental treinar as equipes das granjas, criar rotinas claras e práticas, e garantir que todos saibam exatamente o que fazer e como fazer. Além disso, a maior parte da biosseguridade está nas atitudes do dia a dia”, explicou Junges.

Atualmente, o Paraná é o maior produtor nacional de frango. Além disso, em muitos municípios, a avicultura representa a principal fonte de renda, segundo o Valor Bruto da Produção Agropecuária (VBP).
Texto publicado originalmente em Notícias