Aumento de casos de raiva no Paraná leva a reforço imediato nas ações sanitárias
Paraná registra alta nos casos de raiva em herbívoros e reforça vacinação, vigilância e orientações aos produtores para conter a zoonose
Por: Redação RuralNews
De acordo com Ágide Eduardo Meneguette, presidente interino do Sistema FAEP, o trabalho conjunto é essencial. Ele destaca que o setor já investe há décadas em sanidade animal e, portanto, segue atuando ativamente na difusão de informações e na orientação dos produtores.
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A presença da raiva no Estado é recorrente, mas a concentração de focos preocupa. Em 2024, foram confirmados 227 registros, muitos deles na área das regionais de Cascavel e Laranjeiras do Sul. Em 2025, a situação persiste: até setembro, já são 166 focos distribuídos em 41 municípios, sendo 81 somente no Oeste.
Como resposta, a Agência de Defesa Agropecuária (Adapar) publicou a Portaria 368/2025, que tornou obrigatória a vacinação contra a doença em 30 municípios da região. A regra vale para bovinos, búfalos, equídeos, ovinos e caprinos com mais de três meses de idade.
Além disso, a Adapar intensificou a mobilização por meio do projeto Adapar Educa a Campo, que percorre os municípios com ações educativas e de engajamento local.
Somado às medidas obrigatórias, o Sistema FAEP vem apoiando encontros e reuniões técnicas. Em outubro, mais de 1,1 mil pessoas participaram de atividades realizadas em propriedades, assentamentos e prefeituras. A campanha também ganhou espaço nos veículos de comunicação regionais.
Para Nicolle Wilsek, técnica do Departamento Técnico e Econômico (DTE) da FAEP, o projeto fortalece a integração entre a defesa agropecuária e os produtores. Segundo ela, a ação piloto deve se expandir para outras regiões.
A raiva em herbívoros costuma ser transmitida por morcegos hematófagos e apresenta um conjunto de sinais clínicos que exigem atenção imediata. Os animais infectados geralmente começam a se isolar do rebanho e podem demonstrar apatia ou, em alguns casos, agitação incomum. À medida que a doença avança, surgem perda de apetite, salivação intensa e dificuldade para engolir. Outro indício frequente é a alteração nas fezes, que tendem a ficar mais secas e escuras. Com o agravamento do quadro, instala-se uma paralisia progressiva dos membros, o que caracteriza a fase final da enfermidade.
Diante desses sinais, o produtor deve isolar o animal, evitar manuseio sem proteção e comunicar imediatamente a Adapar, que fará a coleta de amostras. É importante também reforçar a vacinação do entorno, identificar abrigos de morcegos e monitorar o restante do rebanho.
Mesmo nos municípios em que a vacinação não é obrigatória, a imunização é fundamental. Conforme Rafael Gonçalves Dias, chefe do Departamento de Saúde Animal da Adapar, vacinar garante proteção individual e ajuda a criar uma barreira sanitária nas regiões onde o vírus circula.
Além disso, seguir boas práticas sanitárias fortalece a prevenção. Isso inclui manter registros das vacinações, investir em capacitação, adotar cláusulas de sanidade nas compras e vendas de animais e reforçar a conscientização sobre cuidados no manejo.
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Texto publicado originalmente em Notícias
Região Oeste concentra a maior parte dos casos
Casos de raiva crescem no Oeste do Paraná e exigem vacinação e vigilância intensificadas. Foto: Sistema FAEP / Divulgação
A presença da raiva no Estado é recorrente, mas a concentração de focos preocupa. Em 2024, foram confirmados 227 registros, muitos deles na área das regionais de Cascavel e Laranjeiras do Sul. Em 2025, a situação persiste: até setembro, já são 166 focos distribuídos em 41 municípios, sendo 81 somente no Oeste.
Como resposta, a Agência de Defesa Agropecuária (Adapar) publicou a Portaria 368/2025, que tornou obrigatória a vacinação contra a doença em 30 municípios da região. A regra vale para bovinos, búfalos, equídeos, ovinos e caprinos com mais de três meses de idade.
Além disso, a Adapar intensificou a mobilização por meio do projeto Adapar Educa a Campo, que percorre os municípios com ações educativas e de engajamento local.
Campanhas ampliam orientação e prevenção
Somado às medidas obrigatórias, o Sistema FAEP vem apoiando encontros e reuniões técnicas. Em outubro, mais de 1,1 mil pessoas participaram de atividades realizadas em propriedades, assentamentos e prefeituras. A campanha também ganhou espaço nos veículos de comunicação regionais.
Para Nicolle Wilsek, técnica do Departamento Técnico e Econômico (DTE) da FAEP, o projeto fortalece a integração entre a defesa agropecuária e os produtores. Segundo ela, a ação piloto deve se expandir para outras regiões.
Sinais clínicos e procedimentos em caso de suspeita
A raiva em herbívoros costuma ser transmitida por morcegos hematófagos e apresenta um conjunto de sinais clínicos que exigem atenção imediata. Os animais infectados geralmente começam a se isolar do rebanho e podem demonstrar apatia ou, em alguns casos, agitação incomum. À medida que a doença avança, surgem perda de apetite, salivação intensa e dificuldade para engolir. Outro indício frequente é a alteração nas fezes, que tendem a ficar mais secas e escuras. Com o agravamento do quadro, instala-se uma paralisia progressiva dos membros, o que caracteriza a fase final da enfermidade.
Diante desses sinais, o produtor deve isolar o animal, evitar manuseio sem proteção e comunicar imediatamente a Adapar, que fará a coleta de amostras. É importante também reforçar a vacinação do entorno, identificar abrigos de morcegos e monitorar o restante do rebanho.
Vacinação continua sendo a principal ferramenta
Mesmo nos municípios em que a vacinação não é obrigatória, a imunização é fundamental. Conforme Rafael Gonçalves Dias, chefe do Departamento de Saúde Animal da Adapar, vacinar garante proteção individual e ajuda a criar uma barreira sanitária nas regiões onde o vírus circula.
Além disso, seguir boas práticas sanitárias fortalece a prevenção. Isso inclui manter registros das vacinações, investir em capacitação, adotar cláusulas de sanidade nas compras e vendas de animais e reforçar a conscientização sobre cuidados no manejo.
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Texto publicado originalmente em Notícias
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