Os preços da soja voltam a trabalhar em alta nos futuros de Chicago nesta quarta-feira – mais 18 cents, a U$ 13,80/janeiro. O mercado segue postado na boa demanda pelo produto norte-americana, notadamente por farelo, e pela continuidade das irregularidades climáticas no Brasil. Ontem, o mercado acabou recuando entre 2 e 6 cents nos primeiros vencimentos, muito influenciado pela queda drástica, de quase 5%, do petróleo.
As previsões seguem indicando baixos volumes de chuvas para extensas áreas do Centro-Oeste. O plantio no país está atrasado em cerca de 15 pontos percentuais no comparativo com anos anteriores e muitas áreas necessitam de replantio. Enfim, os transtornos climáticos aumentam as dúvidas sobre o tamanho da oferta brasileira e reforçam os níveis de preço.
Os investidores buscam posicionar-se frente ao relatório de oferta e demanda de novembro, que será apresentado pelo USDA nesta quinta-feira. Analistas aguardam um leve corte na produção dos EUA, para algo como 111,5MT, com alguma redução nos índices de produtividade e na área colhida. Já, os estoques, tanto dos EUA quanto do mundo, devem ficar similares àqueles projetados no mês passado, com 6,0MT e 102,0MT, respectivamente.
Internamente, os preços seguem em elevação. A taxa de câmbio dá sinais de que encontrou um piso na faixa dos R$ 4,90. No campo, aumentam as preocupações com a implantação da nova safra em razão das irregularidades climáticas que afligem boa parte das regiões de cultivo. Apesar do período de entressafra, a logística se mantém com escalas bastante alongadas. Prêmios são negociados nos portos brasileiros, no mercado spot, na faixa 15/50 cents sobre a CBOT; para fevereiro, os prêmios estão cotados na faixa de negativos 70/50.
Indicações de compra no oeste do estado entre R$ 137,00/139,00 e na faixa de R$ 147,00/149,00 em Paranaguá – dependendo do prazo de pagamento e, no interior, também do local e do período de embarque.