Commodities 29-11-2024 | 18:11:00

Após feriado nos EUA, commodities apresentam desempenhos mistos na CBOT

A importação de 13 milhões de toneladas de óleo de soja pela China e a compra de 81MT pela Índia fez o programa americano atingir o patamar de 150% e impactou o mercado

Por: Rodrigo Trage

Vale lembrar que o programa encerrará apenas em agosto de 2025. O setor de óleos segue descompassado e as ofertas mais restritas dão sustentação aos óleos vegetais mesmo com a recente queda do petróleo.
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Já o farelo age na ponta oposta e temos mais ofertas vindas da Argentina que tem aumentado o seu ritmo de esmagamento no último mês e entre as altas e baixas dos seus derivados o grão encerrou o dia estável.


Acompanhe as cotações de fechamento do complexo da soja na CBOT:

SOJA JANEIRO: U$9,89/bs | variação +0,08%

ÓLEO DE SOJA JANEIRO: ¢ 41,74/lb | variação: +2,00%

FARELO DE SOJA JANEIRO: U$ 291,9 /st | variação: -1,18%

Futuros de milho encerram com boa alta nesta sessão. Os fundamentos para o milho americano continuam os mesmos, mas forte demanda para o óleo de soja. Alguns já começam a fazer as contas e percebem um ágio com relação ao etanol a partir de milho contra o biodiesel, se a relação entre esses dois ativos continuar aumentando, deveremos ver preços mais firmes para o milho.

Já para o trigo, percebemos uma dificuldade no aumento dos preços devido as melhoras climáticas nos principais países produtores e a fraca demanda pelo cereal. Por outro lado, ainda existe uma preocupação quanto ao conflito entre os países no Mar Negro. Caso esses impactem na disponibilidade e no encarecimento dos fretes, podemos ver os preços voltarem a subir rapidamente na CBOT.

Acompanhe as cotações de fechamento para milho e trigo na CBOT:

MILHO DEZEMBRO: U$4,23/bu | variação: +1,74%

TRIGO MARÇO: U$5,48/bu | variação: -0,09%

No Brasil, os futuros de milho na B3 encerram o dia com bons ganhos, principalmente no contrato mais curto, no momento é difícil dizer o que faz os preços subirem. Temos algumas hipóteses: a primeira delas é um movimento de realização da forte queda que tivemos nas ultimas semanas; a segunda é a alta do milho em Chicago; e a terceira é a forte alta do dólar.

Porém, para esse terceiro ponto o que me chama atenção é que ontem quando o dólar ultrapassou a barreira dos R$6, o milho não demonstrou um movimento forte de alta para acompanhar a escalada cambial. Pelo contrário, o contrato janeiro encerrou a quinta-feira com uma leve desvalorização de -0,30%. Então podemos supor que a junção dos três fatores levou a uma alta mais substancial no pregão desta sexta-feira.

Acompanhe as cotações de fechamento para milho na B3:

MILHO JANEIRO: R$: 71,65/sc | variação: +1,53%

Macroeconomia

Após a publicação do pacote de corte de gastos no último pregão, tivemos reações bem intensas para dólar, bolsa e juros aqui no Brasil. A apresentação de um pacote de gastos junto com a isenção de IR para quem recebe até R$5 mil por mês deixou o mercado furioso, pois todos aguardavam por um corte.Calcula-se que essa isenção impacte em cerca de 50 bilhões de reais na economia. Com isso, o dólar explodiu e registrou nova máxima histórica. Já para hoje vemos um movimento corretivo de queda para o dólar e alta para a bolsa.

Bolsas globais, principais variações:

ÁSIA/PACÍFICO:CHINA: +0,99% /COREIA DO SUL: -1,99%

EUROPA:EURO STOXX 50: +0,96% /ALEMANHA: +1,04%

EUA:SP500: +0,56% /NASDAQ: +0,83%

BRASIL: +0,59%

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