Amônia e enxofre em alta elevam custos dos fertilizantes
Amônia e enxofre pressionam custos da produção de fertilizantes e desafiam a competitividade da indústria e do campo
Por: Redação RuralNews
De acordo com relatório da StoneX, a amônia já acumula 14 semanas consecutivas de alta na Europa. Enquanto isso, nos portos brasileiros, o enxofre voltou a superar US$ 300 por tonelada. Esse patamar não era registrado desde 2022, após o início da guerra entre Rússia e Ucrânia.
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Segundo o analista de Inteligência de Mercado da StoneX, Tomás Pernías, a alta não implica, necessariamente, em aumento imediato nos preços finais dos fertilizantes. No entanto, a situação é considerada delicada.
“As relações de troca já estão nos piores patamares dos últimos anos. Esse cenário representa desafio para a indústria e também preocupação para os agricultores”, afirmou Pernías.
O avanço da amônia decorre da menor oferta global. Paralisações em fábricas, manutenções e cortes no fornecimento de gás em países produtores reduziram a disponibilidade do insumo.
Assim, a tendência é que os custos elevados limitem quedas mais fortes nas cotações. Isso ocorre porque margens comprimidas desestimulam produtores a oferecer reduções de preço.
A valorização do enxofre segue lógica semelhante. O insumo é fundamental para a produção de SSP, ácido sulfúrico e ácido fosfórico, este último usado em fertilizantes como MAP e DAP.
Com o interesse comprador aquecido, as cotações subiram na China e também no Brasil. A demanda internacional reforça a pressão sobre o mercado doméstico.
Para Pernías, a valorização da amônia e do enxofre pode reduzir a competitividade de fabricantes que já enfrentam desafios estruturais. Além disso, empresas com menor capacidade de repassar custos ao mercado sentem o impacto mais rapidamente.
Custos mais altos na produção tendem, ainda, a limitar reduções de preços ao consumidor final. Portanto, tanto a indústria quanto os agricultores precisam lidar com margens mais apertadas nos próximos meses.
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Texto publicado originalmente em Notícias
Impacto no setor

Alta da amônia e do enxofre pressiona indústria de fertilizantes e preocupa agricultores.
Segundo o analista de Inteligência de Mercado da StoneX, Tomás Pernías, a alta não implica, necessariamente, em aumento imediato nos preços finais dos fertilizantes. No entanto, a situação é considerada delicada.
“As relações de troca já estão nos piores patamares dos últimos anos. Esse cenário representa desafio para a indústria e também preocupação para os agricultores”, afirmou Pernías.
Causas da alta da amônia
O avanço da amônia decorre da menor oferta global. Paralisações em fábricas, manutenções e cortes no fornecimento de gás em países produtores reduziram a disponibilidade do insumo.
Assim, a tendência é que os custos elevados limitem quedas mais fortes nas cotações. Isso ocorre porque margens comprimidas desestimulam produtores a oferecer reduções de preço.
Enxofre acompanha tendência
A valorização do enxofre segue lógica semelhante. O insumo é fundamental para a produção de SSP, ácido sulfúrico e ácido fosfórico, este último usado em fertilizantes como MAP e DAP.
Com o interesse comprador aquecido, as cotações subiram na China e também no Brasil. A demanda internacional reforça a pressão sobre o mercado doméstico.
Competitividade em risco
Para Pernías, a valorização da amônia e do enxofre pode reduzir a competitividade de fabricantes que já enfrentam desafios estruturais. Além disso, empresas com menor capacidade de repassar custos ao mercado sentem o impacto mais rapidamente.
Custos mais altos na produção tendem, ainda, a limitar reduções de preços ao consumidor final. Portanto, tanto a indústria quanto os agricultores precisam lidar com margens mais apertadas nos próximos meses.
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Texto publicado originalmente em Notícias
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