Agronegócio já responde por 29% da energia renovável usada no Brasil
Setores industriais como papel e celulose, alimentos e bebidas, cerâmica e ferroligas já utilizam biomassa agropecuária como principal fonte energética
Por: Redação RuralNews
Segundo o coordenador do núcleo de bioenergia da FGV, Luciano Rodrigues, o setor assume papel estratégico na transição energética do Brasil. Ele destaca que o protagonismo do agro vai além dos biocombustíveis nos transportes e se reflete na matriz energética de setores industriais, onde a bioenergia tem papel de destaque.
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O estudo mostra que, apesar da contribuição expressiva, o consumo energético do agronegócio ainda depende fortemente de combustíveis fósseis, especialmente o diesel, que respondeu por 73% da energia usada diretamente na agropecuária em 2022. Essa dependência torna o setor vulnerável a crises externas, como oscilações nos preços do petróleo.
Na comparação internacional, o Brasil apresentou uma intensidade de 1,9 gigajoules (GJ) por mil dólares de valor bruto da produção agropecuária em 2022, valor próximo à média mundial. No caso da produção de alimentos, a intensidade foi de 2,0 GJ/USD1000, desempenho mais eficiente que países como Argentina, Canadá, Espanha e França.
O estudo também destaca a trajetória histórica da bioenergia no país. A partir de 2003, houve forte expansão da energia proveniente da cana-de-açúcar, lenha, carvão vegetal e lixívia, com crescimento estimulado por programas como o Proálcool e o PNPB. A presença do agro foi decisiva para que a matriz energética brasileira mantivesse 49% de fontes renováveis – sem essa contribuição, esse índice cairia para cerca de 20%.
Entre os principais consumidores da bioenergia agropecuária estão as indústrias de alimentos e bebidas, papel e celulose, cerâmica e ferroligas, onde a biomassa responde por mais de 70% da matriz energética em alguns casos. O setor de transportes também se destaca, com o uso de etanol e biodiesel. Já na geração de energia, o bagaço de cana e a lixívia vêm ganhando espaço como fontes para cogeração e autoprodução.
A análise foi feita com base em dados do Balanço Energético Nacional (BEN), da FAO, IBGE, EPE e modelagens globais como GTAP-Power, que integra dados de comércio e energia com foco na eletricidade.
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Texto publicado originalmente em Notícias
O estudo mostra que, apesar da contribuição expressiva, o consumo energético do agronegócio ainda depende fortemente de combustíveis fósseis, especialmente o diesel, que respondeu por 73% da energia usada diretamente na agropecuária em 2022. Essa dependência torna o setor vulnerável a crises externas, como oscilações nos preços do petróleo.

Bioenergia do agro garante 60% da energia renovável no país e impulsiona setores industriais com alta eficiência energética. Foto: Canva
Na comparação internacional, o Brasil apresentou uma intensidade de 1,9 gigajoules (GJ) por mil dólares de valor bruto da produção agropecuária em 2022, valor próximo à média mundial. No caso da produção de alimentos, a intensidade foi de 2,0 GJ/USD1000, desempenho mais eficiente que países como Argentina, Canadá, Espanha e França.
O estudo também destaca a trajetória histórica da bioenergia no país. A partir de 2003, houve forte expansão da energia proveniente da cana-de-açúcar, lenha, carvão vegetal e lixívia, com crescimento estimulado por programas como o Proálcool e o PNPB. A presença do agro foi decisiva para que a matriz energética brasileira mantivesse 49% de fontes renováveis – sem essa contribuição, esse índice cairia para cerca de 20%.
Entre os principais consumidores da bioenergia agropecuária estão as indústrias de alimentos e bebidas, papel e celulose, cerâmica e ferroligas, onde a biomassa responde por mais de 70% da matriz energética em alguns casos. O setor de transportes também se destaca, com o uso de etanol e biodiesel. Já na geração de energia, o bagaço de cana e a lixívia vêm ganhando espaço como fontes para cogeração e autoprodução.
A análise foi feita com base em dados do Balanço Energético Nacional (BEN), da FAO, IBGE, EPE e modelagens globais como GTAP-Power, que integra dados de comércio e energia com foco na eletricidade.
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