Os preços da soja operam no campo
negativo nos contratos futuros de Chicago, nesta abertura de semana – menos 7 cents, a
11,97/julho. Na semana passada, todas as sessões fecharam em queda, totalizando
perdas de mais de 40 cents, ou 3,5%.
O mercado segue pressionado pelo
bom ritmo do plantio norte-americano e pelas perspectivas de clima adequado. No
entanto, apesar das perdas da última semana, o mês de maio fechou com alta de
5%.
Os participantes também observam certa acomodação das adversidades que
vinham assolando o Cone-Sul, especialmente o Rio Grande do Sul e partes da
Argentina.
Na Argentina, a colheita de soja
chega a 87%, ante 86% do mesmo ponto do ano passado, de acordo com levantamento
do Ministério da Agricultura do país. A área semeada ficou em 15,57MH, contra
15,98MH da temporada passada.
No Rio Grande do Sul, dados da
Emater indicam que a colheita chega a 94%. No mesmo ponto do ano passado os
trabalhos estavam finalizados. Os produtores ainda enfrentam sérios transtornos
com o excesso de umidade do solo e dos grãos.
A maior parte das áreas por
colher está na porção sul do estado e apresentam alto grau de umidade e de
grãos danificados. Nestas regiões até 30% das lavouras foram atingidas pelo
excesso de umidade e enchentes.
A produção de soja do Paraná
deverá totalizar 18,4 milhões de toneladas, ante o recorde de 22,4 milhões de
toneladas colhidas no ano passado – queda de 18%.
Em relação às estimativas
iniciais, as perdas são ainda maiores. A área semeada ficou em 5,77 milhões de
toneladas, ante 5,78 milhões de toneladas do ciclo anterior. O levantamento é
do Deral.
Prêmios nos portos, no mercado spot (junho e
julho), giram na faixa entre 20/45 cents por bushel acima da cotação da CBOT.
Indicações de compra no oeste do Paraná entre R$ 129/131 e em Paranaguá na
faixa de R$ 138/140 – dependendo do prazo de pagamento e, no interior, também
do local e do período de embarque