Safra
01-09-2021 | 21:00:00
Por: FAEP (Federa
Em live, perspectivas para a safra 2021/22 entram em debate
Sistema FAEP/SENAR-PR promoveu, nesta quarta-feira (1º), transmissão ao vivo com o analista de mercado Paulo Molinari, da consultoria Safras & Mercado
Por: FAEP (Federa
Cobertura completa: confira na próxima edição do Boletim Informativo a cobertura completa e os slides da palestras de Paulo Molinari.
“Estamos em um momento decisivo para a safra que começa agora. Os custos de produção estão altíssimos, a situação em Brasília está preocupante com essa confusão institucional entre os poderes e temos que fazer tudo o que está ao nosso alcance para nos prevenirmos. Informação, para os produtores rurais, é o insumo mais importante para podermos saber onde estamos pisando, analisar nossos custos e traçar estratégias para aproveitar as melhores oportunidades”, resumiu o presidente do Sistema FAEP/SENAR-PR, Ágide Meneguette.
Em sua palestra, Molinari elencou como principais pontos de atenção os aspectos climáticos, cambiais, rentabilidade, preços das commodities agrícolas e estratégia de comercialização. Em relação ao clima, o risco está em relação à ocorrência do fenômeno La Niña (esfriamento anormal das águas do Oceano Pacífico), que costuma reduzir a incidência de chuvas no Sul do Brasil. “Ainda não está configurado, mas tudo indica que essa será a tendência até o fim do ano”, prevê.
Em relação ao câmbio, Molinari colocou a realização das eleições em meio à crise institucional entre Executivo, Legislativo e Judiciário em Brasília é um fator primordial a ser observado. “A eleição de 2022, talvez, seja a mais difícil das nossas vidas. Por maiores que sejam os protestos no dia 7 de setembro, seria ingenuidade acreditar que os três poderes darão as mãos e andarão juntos até o ano que vem. Vamos ter um ano eleitoral possivelmente difícil e isso mexe com moedas”, antecipou.
Outro ponto central na palestra e Molinari foi a questão da rentabilidade, já que os custos de produção com fertilizantes e químicos, especialmente, estão elevados. “Nesse sentido, minha recomendação é que o produtor aproveite os bons preços e trave pelo menos os custos de produção. Muitos produtores já perderam a melhor oportunidade de preço. Não vá de peito aberto para 2022 porque podemos ter surpresas relativamente negativas no ano que vem”, recomendou.