Pecuária de corte 22/03/2024

Mercado do gado pronto encerra semana em estabilidade

Nesta sexta-feira muitos frigoríficos ficaram distantes dos negócios, fator que pressiona o mercado

A relação e peso da oferta nos meses de seca serão fundamentais na formação de preços

Fabiano Reis

As escalas de abates das indústrias frigoríficas têm, em média, 10 ou 11 dias nos estado produtores. Pelo número de dias, não é algo avassalador, mas é o suficiente para pressão econômica através de propostas abaixo da referência ou de sair da ponta compradora. Nesta sexta-feira mesmo, muitos frigoríficos ficaram distantes dos negócios.Se por um lado, a queda de braço incomoda, mas faz parte do jogo, de outro as chuvas que chegaram no Centro-Oeste e Sudeste, com potencial de trazer prejuízos em algumas áreas, infelizmente, ajuda a recuperar a umidade de solo que começava a preocupar produtores de Goiás, Mato Grosso do Sul e norte do Estado Paraná.
A umidade e saúde do solo são fundamentais para manutenção das pastagens e consequentemente, de disputa equilibrada com o setor industrial.Também, independente de cenários extraordinários relacionadas a chegada de chuva, a verdade é que a estiagem e tempo seco vão chegar. Com a presença da seca é natural uma oferta maior de animais.
Vai ocorrer, seguramente, mas a velocidade de abates no Brasil têm sido mais intensa em 2024, vinda do ano anterior com abates históricos. A relação e peso da oferta nos meses de seca serão fundamentais na formação de preços.
Os preços encerram a semana em estabilidade, com boi gordo a R$ 230,00, vaca a R$ 205,00 e novilha em R$ 220,00, por arroba no Estado de São Paulo.
Em Mato Grosso do Sul boi a R$ 215,00, vaca em R$ 195,00 e novilha a R$ 205,00. No norte do Paraná arroba negociada em R$ 228,00, vaca por R$ 200,00 e novilha R$ 220,00 por arroba.

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