Futuros de commodities na CBOT negociavam com boas altas no pregão noturno dessa quarta-feira (11/09) e parte dessa alta foi devolvida no pregão regular.
Começando pelos futuros da soja, tivemos leve alta para o contrato de novembro que encerrou cotado a U$10/bu, alta de 0,33% na variação diária.
Esta alta foi contrabalanceada entre a queda do óleo de soja que encerrou com desvalorização de 0,83% e a alta de 0,79% do farelo.
Mercados tenta colocar no preço os impactos que podem ser causados pela passagem do furacão Francine.
Dependendo das regiões que forem atingidas, os EUA podem enfrentar novamente um impacto logístico que atrapalharia e muito seu programa de exportação que já é lento.
Futuros de milho encerram o pregão com leve alta de 0,12%, enquanto os futuros de trigo encerraram o dia com a maior alta das commodities, acumulando 0,87% de valorização.
Na B3 os contratos de milho encerraram em queda, o contrato setembro caiu 0,30% e encerrou cotado a R$63,30.
A partir de amanhã começa a se formar a média do indicador Esalq, que é utilizado como preço base para a liquidação dos contratos de milho na B3.
Vale lembrar que o preço de liquidação é formado por uma média simples dos últimos três dias de vida do contrato, sendo assim, dias 12, 13 e 16.
O indicador Esalq faz um levantamento de preços do mercado físico de milho na região de campinas e ontem foi cotado a R$62,82.
Amanhã teremos publicações relevantes para as commodities, no relatório de oferta e demanda do USDA é esperado um aumento na produtividade do milho e caso se confirme, deve ter um impacto negativo nas cotações na CBOT.
As expectativas para o relatório são as seguintes: para a soja, as projeções de produtividade estão em 59,85 sacas por hectare e 191,13 sacas por hectare para o milho.
O mercado também espera elevação para os estoques da soja, com projeção de 15,89MT e diminuição para o estoque final de milho, com número de 51,03MT.
Além do relatório do USDA, será publicado o relatório da CONAB.
Dados de inflação nos EUA trouxeram um leve aumento para o IPC-núcleo, que exclui itens voláteis, como combustíveis e alimentos.
A leitura mensal trouxe alta de 0,3%, enquanto o mercado esperava que viesse com 0,2%. Esse dado foi relevante pois ajudou a diminuir o receio com uma recessão na economia americana.
Bolsas americanas sobem forte no dia de hoje, alta de 2,15% para a NASDAQ e alta de 1,04% para o S&P 500.
Bolsas na Ásia encerraram todas em queda, destaque para o índice japonês, NIKKEI 225, com queda de 1,63%, vale lembrar que as bolsas por lá já estavam fechadas quando saiu o dado dos EUA, por tanto, amanhã podemos ver essas bolsas se recuperando da queda de hoje.
Na Europa as bolsas encerraram mistas, do lado da alta o destaque foi a bolsa espanhola, que se valorizou em 0,63% e do lado negativo, a bolsa de Londres, com queda de 0,15%. No Brasil, o IBOVESPA encerrou com alta de 0,27%.